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Decisão de juros na Ásia, novo CEO da Nike e relatório bimestral de despesas: o que move o mercado

Investidores também acompanham palestras do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde

Radar: semana finaliza com decisões de juros no Japão e na China (Alkis Konstantinidis/Reuters)

Radar: semana finaliza com decisões de juros no Japão e na China (Alkis Konstantinidis/Reuters)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 20 de setembro de 2024 às 08h28.

Última atualização em 20 de setembro de 2024 às 08h29.

Os mercados internacionais operam mistos na manhã desta sexta-feira, 20. Após Dow Jones e S&P 500 renovarem recordes históricos na véspera, os índices futuros dos Estados Unidos caem em dia de vencimento triplo nas bolsas americanas.

Na Europa, a euforia com o corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) também diminui, e as principais bolsas operam em queda nesta manhã. Na Ásia, onde o mercado fecha “mais cedo”, as bolsas refletiram o otimismo em Wall Street e fecharam em alta, com o índice Nikkei, de Tóquio, subindo mais de 1,5%.

Manutenção de juros no Japão e na China

Em uma semana marcada pelas decisões de política monetária ao redor do mundo, neste último dia, chegou a vez do Japão. O Banco do Japão (BoJ) manteve a taxa básica de juros em 0,25%.

O patamar de 0,25% foi alcançado em julho deste ano, quando o BoJ elevou a taxa do intervalo entre 0% e 0,1% para o atual nível, o mais alto desde 2008, em uma decisão que surpreendeu os mercados.

O movimento busca controlar a aceleração da economia mais forte do que o esperado.

Segundo o presidente do BoJ, Kazuo Ueda, a autoridade monetária irá subir os juros somente se os dados de preços e economia continuarem evoluindo conforme o estimado.

No entanto, Ueda defendeu que a instituição precisa de mais tempo para avaliar o impacto das incertezas econômicas no cenário.

Ainda de acordo com o presidente, o BoJ não almeja controlar o câmbio por meio de sua política monetária. Entretanto, a elevação da taxa de juros favoreceu o iene, que atingiu, no dia 27 de junho, o menor patamar desde 1986.

Na China, o Banco do Povo (PBoC) também manteve as principais taxas de juros inalteradas. A chamada taxa de juros de referência para empréstimos (LPR) de 1 ano foi mantida em 3,35%, enquanto a de 5 anos permaneceu em 3,85%.

Em relatório, a Capital Economics afirma que a decisão ocorre na esteira da preocupação da autoridade monetária em relação à lucratividade bancária e ao recuo dos rendimentos.

Apesar disso, a consultoria reconhece que o enfraquecimento das perspectivas de crescimento econômico e a inflação muito baixa fortalecem o argumento por um corte de juros.

Novo CEO da Nike

Na noite de ontem, a Nike anunciou a volta de um executivo de longa data para comandar os negócios. Elliott Hill retornará à empresa, no próximo dia 14, para suceder John Donahoe como presidente e CEO da gigante de moda esportiva.

O mercado parece receber a notícia positivamente. Segundo Jessica Ramirez da Jane Hali & Associates à Reuters, a mudança de CEO "dá um sinal positivo porque é alguém que conhece a marca e conhece a empresa muito bem.”

No pós-mercado, as ações chegaram a subir 9%. Hoje pela manhã, antes da abertura do pregão, os papéis aceleravam quase 6%.

Hill trabalhou na Nike por 32 anos, ocupando posições de liderança na Europa e na América do Norte, onde desempenhou um papel crucial na expansão dos negócios para mais de US$ 39 bilhões. Além disso, liderou todas as operações comerciais das marcas Nike e Jordan, até sua aposentadoria em 2020.

Relatório bimestral de despesas, Haddad e Lagarde

Em dia de agenda esvaziada de indicadores, o destaque é o envio do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas do 4º bimestre ao Congresso, que deve ser feito ainda hoje.

No início da noite, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), fará uma palestra sobre os desafios da economia e as perspectivas da política no Brasil na Universidade de São Paulo (USP).

No exterior, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, discursa em evento do Fundo Monetário Internacional (FMI).

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