Parque eólico da Serena: Tarpon comprou o equivalente a 1,5% do capital por meio de outro veículo (Foto: Divulgação) (Serena/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 27 de junho de 2025 às 10h27.
Última atualização em 27 de junho de 2025 às 11h43.
Um grupo de acionistas com mais de 80% de participação no capital da Serena (SRNA3) decidiu pela dispensa de uma oferta pública para aquisição de participação relevante na companhia. Assim, a cláusula de poison pill do estatuto da ex-Omega Energia não precisará ser seguida. A elétrica dá mais um passo rumo ao fechamento de seu capital por conversão de registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) - de categoria "A" para categoria "B" - e, consequentemente, de uma saída da B3.
O pedido de uma oferta pública de aquisição (OPA) foi protocolado em maio na CVM. O fechamento de capital é resultado de uma mudança no bloco de controle da Serena, com a entrada da do GIC, fundo soberano de Cingapura, no capital da elétrica. O INSIGHT antecipou a operação. No rearranjo, a Tarpon, acionista de longa data da Serema, deixará a sociedade.
Junto com a Actis, maior acionista da Serena, o GIC ofereceu R$ 11,74 por ação para tirar a geradora de energia da Bolsa. No pregão de ontem, Serena fechou valendo R$ 11,63.
A Actis entrou na Serena em 2022, a um preço de R$ 16 por ação, muito acima do valor atual mesmo após a disparada recente dos papéis na bolsa. Comprada pela General Atlantic global no ano passado, a empresa de private equity ficou mais parada em relação à investida até outubro do ano passado, quando saíram todas as aprovações que sacramentaram a entrada do novo controlador.
Desde então, em conversas reservadas, vinha manifestando interesse de fechar o capital da Serena – mas, com um cheque elevado para fazer a operação sozinha, quer um parceiro, de preferência do setor de infraestrutura, no negócio.
A ideia é Antonio Bastos, fundador da empresa e detentor 12,3% das ações, também participe da oferta, entrando num veículo criado pela Actis e o GIC. Ele vai continuar à frente da companhia.
"A Companhia esclarece que o efetivo lançamento da OPA, cujos termos e condições estão sob análise da CVM, ainda está condicionado ao cumprimento de condições precedentes usuais para esse tipo de operação, incluindo, mas não se limitando, à obtenção de consentimentos de terceiros e às aprovações regulatórias competentes", diz o fato relevante da Serena, publicado após a realização da AGE.