Invest

De volta aos trilhos: Meta (ex-Facebook) salta 26% após balanço e recompra de US$ 40 bi

Empresa supera as estimativas para a receita e revisa projeção de custos para baixo

Mark Zuckerber: CEO e fundador da Meta (KENZO TRIBOUILLARD/Getty Images)

Mark Zuckerber: CEO e fundador da Meta (KENZO TRIBOUILLARD/Getty Images)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 2 de fevereiro de 2023 às 12h59.

Última atualização em 2 de fevereiro de 2023 às 15h15.

As ações da Meta (ex-Facebook) disparam 26% na Nasdaq nesta quinta-feira, 2, após a companhia ter apresentado o balanço do quarto trimestre na última noite.

Embora tenha apresentado queda de 5% da receita na comparação anual, a receita da Meta superou o esperado para o último trimestre. No período, a empresa faturou US$ 32,17 bilhões contra o consenso de US$ 31,53 bilhões.

A receita por usuário também saiu acima das estimativas, ficando em US$ 10,86, US$ 0,23 acima das projeções de mercado. O número de usuários ativos diários em sua principal plataforma, o Facebook, ficou dentro do esperado, em 2 bilhões. No ano passado, vale lembrar, a empresa registrou sua primeira queda de usuáros ativos em sua história, chegando a ocasionar mais de US$ 200 bilhões de perda em valor de mercado.

O lucro por ação foi de US$ 1,76, abaixo do consenso, que era US$ 2,26. A linha final foi afetada principalmente pelo aumento das despesas, que aumentaram em 22% para US$ 25,766.  Mas qualquer preocupação sobre a lucratividade da companhia foi ofuscada pela voto de confiança que o Mark Zuckerberg deu à própria companhia.

Plano de recompra 

Junto ao resultado, Zuckerberg aumentou o limite de seu programa de recompra de ações em mais US$ 40 bilhões em sinal de que, na percepção empresa, elas seguem muito desvalorizadas. Desde as máximas de 2021, os papéis ainda acumulam cerca de 50% de queda.

Somado ao montante de US$ 10,87 bilhões que a companhia ainda tinha disponibilizado para a recompra de ações, o programa corresponde a pouco mais de 10% do valor de mercado atual da companhia -- já considerando a valorização de hoje.

Melhora de guidance

Em mais um gesto de auto-confiança, a Meta colocou sua projeção de receita para o primeiro trimestre de 2023 acima do esperado pelo mercado. A expectativa da empresa é faturar algo entre US$ 26 bilhões e US$ 28,5 bilhões nos três primeiros meses do ano.

Também soou positivamente para os mercados a redução da projeção de ano. Para este ano, a empresa espera gastar entre US$ 89 bilhões e US$ 95 bilhões -- US$ 5 bilhões abaixo do que previa anteriormente.

"Nossa comunidade continua a crescer e estou satisfeito com o forte engajamento em nossos aplicativos. O Facebook acaba de atingir a marca de 2 bilhões de ativos diários", afirmou Mark Zuckerberg, em balanço. "O progresso que estamos fazendo em nosso mecanismo de descoberta de IA e nos Reels são os principais impulsionadores disso. Além disso, nosso tema de gerenciamento para 2023 é o 'Ano da Eficiência' e estamos focados em nos tornar uma organização mais forte e ágil."

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresFacebookmark-zuckerbergNasdaq

Mais de Invest

Receita abre nesta sexta-feira consulta ao lote residual de restituição do IR

O que é circuit breaker? Entenda e relembre as ‘paradas’ da bolsa brasileira

15 ideias de fazer renda extra pela Internet

Mutirão de negociação: consumidores endividados têm até dia 30 para renegociar dívidas