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De guerra comercial a cannabis: há ETFs cada vez mais especializados

O setor financeiro tem impressionado investidores nos últimos anos com ETFs cada vez mais especializados

Em Berlim, passagem comestível com sabor de óleo de cannabis, que permite "engolir o estresse". (OpenRangeStock/Thinkstock)

Em Berlim, passagem comestível com sabor de óleo de cannabis, que permite "engolir o estresse". (OpenRangeStock/Thinkstock)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 8 de junho de 2019 às 08h10.

Última atualização em 8 de junho de 2019 às 08h10.

(Bloomberg) -- Agora existe um ETF para qualquer pessoa que queira investir na guerra comercial, em produtos de cannabis ou apostar na morte das varejistas tradicionais.

O setor financeiro tem impressionado investidores nos últimos anos com ETFs cada vez mais especializados, mas criar esses fundos não é necessariamente simples ou rápido. O fato de que os preços do guacamole foram motivo de comentários do mercado na semana passada não significa que provavelmente veremos um ETF de avocado em breve.

Um exemplo é o TWAR, fundo que teve uma estreia bem-sucedida na quarta-feira ao permitir que investidores apostem em possíveis ganhadores com uma escalada da guerra comercial. Embora as notícias sobre tarifas tenham dominado as manchetes desde que o presidente Donald Trump intensificou a disputa com a China no mês passado, a empresa por trás do ETF tem trabalhado desde novembro para lançar o produto no mercado.

Um dos motivos para a demora é que montar um fundo dá trabalho, como a definição de uma estratégia de investimento, a contratação de custodiantes e administradores e a identificação do mercado onde será negociado. Os gestores de recursos também devem buscar a aprovação da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA. Um prazo de 75 dias começa assim que o regulador recebe um projeto de prospecto, permitindo que a equipe da SEC faça perguntas que possam exigir informações adicionais.

"Temos uma lista de 150 pontos que precisa ser verificada para garantir que tudo seja feito", disse Mike Cronan, presidente de serviços de marketing da Exchange-Traded Concepts, que assessora empresas independentes a lançarem ETFs.

Ao todo, são necessários de quatro a cinco meses para que um emissor experiente lance um novo fundo no mercado, disse Cronan. Para os novatos que estabelecem conexões com os diferentes atores do ecossistema ETF, isso pode levar mais de nove meses, estima.

O processo ajuda a proteger investidores de qualquer fundo muito complicado ou de curto prazo.

 

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