Fachada de loja da GameStop nos Estados Unidos: ações deixaram de ser o alvo preferencial de day traders, segundo analistas (Shannon Stapleton/Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2021 às 17h15.
Última atualização em 9 de abril de 2021 às 17h21.
O começo de 2021 foi marcado pelo frenesi envolvendo as ações da rede varejista GameStop, cujas cotações chegaram a subir mais de 1.600% em menos de um mês. Investidores pessoas físicas habituadas ou não ao day trade, a negociação no mesmo dia, foram às compras e fizeram a ação disparar.
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Os preços continuam em patamares muito acima dos de fechamento do ano passado, com alta acumulada de mais de 800% em 2021 até a quinta-feira, 8. Mas a GameStop deixou de ser o alvo preferencial dos day traders que buscaram pressionar quem estava vendido em ações da companhia por meio de opções.
Analistas e estrategistas de mercado dizem que as small caps, cujas cotações estão mais suscetíveis a manipulações de mercado por causa do volume menor de negociação, estão perdendo a preferência para blue chips como GM, Microsoft e Starbucks -- não por acaso, três ações de empresas tradicionais que atingiram recorde na quinta-feira.
O Índice S&P 600 Smallcap recuou cerca de 5% desde o pico em 12 de março, enquanto no mesmo período o benchmark S&P 500 avançou quase 4%, segundo a Bloomberg.
A avaliação de analistas é muitos investidores pessoa física decidiram aderir ao buy and hold diante das perspectivas de valorização de reabertura e retomada da economia de maneira mais vigorosa nos próximos meses.
Levantamento da Empire Financial Research, de Whitney Tilson, aponta que uma cesta com 25 ações que eram alvo potencial de short squeeze (ou seja, de alta no preço que forçaria quem estivesse short a cobrir a posição) no fim de janeiro teve uma queda de 63 bilhões de dólares em valor de mercado.