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Datafolha impulsiona Ibovespa em mais de 2%

Apesar do clima no exterior continuar cauteloso por conflitos geopolíticos no leste europeu e no Oriente Médio, a bolsa brasileira saltava mais de 2%


	Operadores na Bovespa: às 11h07, o Ibovespa disparava de 2,48 por cento, a 57.016 pontos
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Operadores na Bovespa: às 11h07, o Ibovespa disparava de 2,48 por cento, a 57.016 pontos (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2014 às 11h37.

São Paulo - Apesar do clima no exterior continuar cauteloso por conflitos geopolíticos no leste europeu e no Oriente Médio, a bolsa brasileira saltava mais de 2 por cento, tendo flertado com os 57 mil pontos nesta sexta-feira, após a divulgação de pesquisa eleitoral do Datafolha.

Às 11h07, o Ibovespa disparava de 2,48 por cento, a 57.016 pontos. Se fechar neste nível, o índice renova máxima de fechamento neste ano. O giro financeiro do pregão era de 2,5 bilhões de reais.

O levantamento, que o mercado vinha tentando antecipar nos últimos dias, mostrou que a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) estão tecnicamente empatados em um eventual segundo turno nas eleições presidenciais de outubro.

Em uma possível disputa no segundo turno, Dilma aparece com 44 por cento das intenções de voto contra 40 por cento de Aécio.

Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo, os dois candidatos estão tecnicamente empatados.

"A corrida eleitoral parece mais acirrada e a aprovação do atual governo muito baixa para reeleição", apontou a Guide Investimentos. Para a XP Investimentos, surpreendeu o fato de o índice de rejeição à presidente Dilma ter atingido 35 por cento, ante 32 por cento anteriormente. A especulação sobre pesquisas eleitorais tem sido o principal catalisador da bolsa brasileira nos últimos meses, em um momento de descrença do mercado na gestão da presidente Dilma em meio ao crescimento econômico baixo e à intervenção considerada excessiva em estatais.

No exterior, continuava em pauta a queda do avião de passageiros da Malásia no leste da Ucrânia na quinta-feira, assim como o início da ofensiva terrestre por Israel na Faixa de Gaza, o que reforçava a cautela na véspera do fim de semana.

Ainda assim, as bolsas norte-americanas operavam em alta, corrigindo parte da forte queda da véspera.

Por aqui, na cena corporativa, ações de estatais reagiam positivamente ao Datafolha, mas outros papéis também davam tração ao Ibovespa, como Bradesco e Itaú Unibanco , depois de perdas mais cedo nesta semana.

A siderúrgica e mineradora CSN liderava as altas e chegou a subir mais de 10 por cento, após seu Conselho de Administração aprovar novo programa de recompra de ações.

A operadora da bolsa BM&FBovespa tinha o segundo maior ganho. Para o operador Luiz Roberto Monteiro, da Renascença DTVM, a alta da ação refletia a perspectiva de que o volume de negócios da Bovespa aumente com a divulgação de pesquisas eleitorais e beneficie os resultados da companhia.

Do setor de construção, MRV Engenharia e Gafisa avançavam após divulgarem dados preliminares do segundo trimestre, com crescimento nos lançamentos.

Poucas ações operavam em baixa, entre elas Oi. A agência de classificação de risco Moody's colocou os ratings da operadora de telefonia, incluindo a nota global "Baa3", em revisão para possível rebaixamento, depois de a Fitch ter cortado sua recomendação da empresa para grau especulativo na quarta-feira. 

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