Fernando Haddad: ministro participa de debate na CAE do Senado sobre projeto de reforma do IR (Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda/Flickr)
Repórter
Publicado em 14 de outubro de 2025 às 07h55.
Esta terça-feira, 14, começa com investidores de olho em falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed) e na estreia da temporada de balanços do terceiro trimestre em Nova York. A expectativa majoritária é a de que o banco central americano corte os juros em 0,25 ponto percentual na reunião de 29 de outubro.
Os futuros de ações em Nova York recuam, enquanto o ouro renova máximas históricas acima de US$ 4.100 por onça, impulsionado pelas apostas em corte de juros e pela tensão comercial entre Estados Unidos e China. Já o petróleo opera em queda, refletindo preocupações com a demanda global.
A manhã começa com indicadores domésticos. Às 09h, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga a Pesquisa Mensal de Serviços de agosto e o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de setembro.
No mesmo horário, nos Estados Unidos, a diretora do Fed Michelle Bowman participa de um painel na reunião anual do Instituto de Finanças Internacionais (IIF).
Às 10h, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fala no Senado durante audiência para defender o projeto de isenção do Imposto de Renda.
Às 13h20, o mercado acompanhará com atenção o discurso de Jerome Powell na reunião anual da National Association for Business Economics (NABE), em Washington. O tom adotado pelo presidente do Fed será determinante para consolidar ou recalibrar apostas em relação à decisão de política monetária no fim do mês.
Na sequência, às 14h, Andrew Bailey, do Banco da Inglaterra, participa de painel no IIF, enquanto o presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, tem reuniões em Washington, incluindo encontros com executivos da Swift.
Às 15h, Galípolo participa da CXIX Reunião de Presidentes de Bancos Centrais membros do Centro de Estudios Monetarios Latinoamericanos (CEMLA).
Às 16h, a Argentina divulga o Índice de Preços ao Consumidor de setembro, e às 16h25, o dirigente do Fed Christopher Waller participa de evento no IIF.
Pouco depois, às 16h30, Susan Collins, do Fed de Boston, fala na Câmara de Comércio de Greater Boston. Às 19h15, Galípolo se reúne com Alberto Ramos, economista-chefe para América Latina do Goldman Sachs.
No fim da noite, às 22h30, a China divulga os dados de inflação ao consumidor (CPI) e preços ao produtor (PPI) de setembro.
Nesta terça-feira, serão divulgados os resultados de JPMorgan Chase, Wells Fargo, Citigroup e Goldman Sachs, que abrem oficialmente a temporada de balanços em Wall Street. Analistas esperam resultados sólidos.
No pano de fundo, investidores seguem atentos ao impasse tarifário entre Washington e Pequim, que reacendeu temores sobre a demanda global e adicionou ruído ao mercado de commodities.
Os mercados voltam a operar em clima de aversão a risco nesta terça-feira, 14. Às 7h50 (horário de Brasília), os futuros do Nasdaq 100 recuavam 1,43%, os do S&P 500 caíam 1,11% e os do Dow Jones Industrial Average perdiam 0,71%, após a cobrança mútua de novas tarifas portuárias entre as duas potências.
Na Europa, o DAX cedia 1,39%, o CAC 40 recuava 1,27%, o Stoxx Europe 600 caía 1,03% e o FTSE 100 tinha queda de 0,55%.
Na Ásia, os índices também fecharam no vermelho, com destaque para o índice japonês Nikkei 225, que recuou 2,68%, e o Hang Seng Index, de Hong Kong, que caiu 1,73%.
Na Coreia do Sul, o Kospi Index recuou 0,63%, enquanto na Índia, o Nifty 50 caiu 0,32% e o Sensex perdeu 0,36%.