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Dados de emprego devem levar NY a abrir com ganhos

Tanto a criação de vagas quanto a queda da taxa de desemprego superaram as estimativas de Wall Street


	Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,84%, o Nasdaq ganhava 0,87% e o S&P 500 tinha alta de 0,86%
 (REUTERS/Brendan McDermid)

Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,84%, o Nasdaq ganhava 0,87% e o S&P 500 tinha alta de 0,86% (REUTERS/Brendan McDermid)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2013 às 11h39.

Nova York - Os índices futuros das bolsas norte-americanas apontam para uma abertura em alta do pregão desta sexta-feira, 03. O relatório de emprego veio com números melhores do que o esperado e anima os negócios nesta manhã.

Tanto a criação de vagas quanto a queda da taxa de desemprego superaram as estimativas de Wall Street. Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,84%, o Nasdaq ganhava 0,87% e o S&P 500 tinha alta de 0,86%.

O Departamento do Trabalho anunciou a criação de 165 mil vagas em abril, ante projeção dos economistas de que seriam geradas 148 mil vagas, de acordo com consenso calculado pela Dow Jones.

Além disso, foram divulgadas revisões para cima das estatísticas de meses anteriores. O número de março foi revisto de 88 mil para 138 mil. Para fevereiro, subiu de 268 mil para 332 mil.

Já a taxa de desemprego caiu de 7,6% em março para 7,5% em abril, o nível mais baixo desde o final de 2008. Este número também veio melhor do que o esperado por economistas, que projetavam que a taxa fosse se manter em 7,6%.

Apesar da recuperação em abril, as análises iniciais dos números falam em cautela. O nível de 165 mil ainda é considerado insuficiente para reduzir com mais força a taxa de desemprego do país.

Para isso, os EUA precisariam criar por vários meses cerca de 200 mil vagas, número que vinha sendo registrado até março, quando o mercado perdeu fôlego, de acordo com Peter Hooper, economista do Deutsche Bank.

Ele ressalta que parte da queda da taxa de desemprego nos meses anteriores se deu porque muitas pessoas decidiram parar de procurar emprego, embora os dados de abril mostrem um aumento da força de trabalho (o porcentual de pessoas adultas que está à procura de emprego).

Hooper projeta que a taxa de desemprego só deve cair para 6,5%, o número sinalizado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) como um dos gatilhos para mudar a política monetária e voltar a subir juro, em 2015. O Deutsche estava mais otimista que a média dos economistas de Wall Street e esperava a criação de 190 mil postos em abril.


Além dos dados de emprego, o diretor do Fed, Daniel Tarullo, membro votante no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), fará uma palestra em Washington para falar dos avanços das reformas na regulação bancária, na tarde desta sexta-feira, 03.

Relatórios de bancos de investimento destacam que a apresentação pode mexer com ações do setor financeiro, inclusive de bancos no exterior.

Tarullo foi quem apresentou em dezembro de 2012 as polêmicas regras que exigem mais capital para os bancos estrangeiros que operam nos EUA.

A audiência pública dessa nova legislação terminou na última terça-feira, e as medidas têm recebido várias críticas, que incluem reguladores da Alemanha, Austrália e da União Europeia. O temor é que essa exigência de capital crie instabilidades no sistema financeiro mundial e desencadeie medidas protecionistas em outros países.

No mundo corporativo, a sexta-feira tem uma agenda menor de anúncio de resultados corporativos quando comparado aos últimos dias. Entre os destaques está a Bershire Hathaway, a gestora de recursos do megainvestidor Warren Buffett, e a agência de classificação de risco Moody's.

Também nesta sexta-feira, começa a famosa convenção anual da Berkshire, que se estende pelo final de semana, lota um ginásio na cidade de Omaha e costuma ter previsões e análises de Buffett.

No pré-mercado, as ações da rede social de executivos LinkedIn eram destaque de queda e recuavam 7,4%. Ontem à noite, a empresa anunciou crescimento de 352% no lucro líquido, para US$ 22,6 milhões no primeiro trimestre.

As receitas também subiram, com alta de 72%, mas os investidores não gostaram das projeções mais pessimistas de faturamento para o segundo trimestre.

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