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Dados de emprego ADP nos EUA e balança comercial do Brasil: o que move os mercados

Começa hoje o prazo para solicitação da nova linha de crédito do BNDES, voltada a setores afetados pelo tarifaço de Trump

Ibovespa: metade dos gestores consultados pelo BofA projeta índice acima de 150 mil pontos até 2025 (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: metade dos gestores consultados pelo BofA projeta índice acima de 150 mil pontos até 2025 (Germano Lüders/Exame)

Publicado em 4 de setembro de 2025 às 08h03.

Nesta quinta-feira, 4, investidores acompanham os dados de emprego ADP nos Estados Unidos, a balança comercial brasileira e o início do prazo para solicitação da nova linha de crédito do BNDES, enquanto no campo político ganham destaque as disputas sobre tarifas e a articulação em torno da Lei de Anistia.

No Brasil, a principal divulgação do dia acontece às 15h, quando o Ministério do Desenvolvimento publica o resultado da balança comercial de agosto.

Pela manhã, o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, tem reunião em Brasília com o presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e, à tarde, recebe representantes do Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon-SP).

Em Belo Horizonte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lança o programa Gás do Povo, nova versão do Vale Gás, ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Também começa a valer hoje o prazo para que empresários solicitem crédito da linha adicional de R$ 10 bilhões anunciada pelo BNDES, voltada a setores afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos.

Na cena política brasileira, seguem intensas as articulações em torno de uma possível Lei de Anistia para investigados pelos atos de 8 de janeiro. A iniciativa é debatida no Congresso em meio ao avanço do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Jair Bolsonaro e outros acusados de tentativa de golpe de Estado, cuja retomada está marcada para 9 de setembro.

Agenda americana

Nos EUA, a agenda econômica se concentra logo pela manhã. Às 9h15 (horário de Brasília), sai a pesquisa da Automatic Data Processing (ADP) de empregos privados de agosto, seguida às 9h30 pela balança comercial de julho e pelos pedidos semanais de auxílio-desemprego.

Às 10h45 será conhecido o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços final de agosto e, em seguida, às 11h, o Índice de Gerência de Suprimentos (ISM) de serviços.

Às 11h, o Comitê Bancário do Senado realiza audiência para avaliar a indicação de Stephen Miran ao conselho do Federal Reserve (Fed), nomeação feita pelo presidente Donald Trump.

Mais tarde, às 13h, o Departamento de Energia divulga os estoques semanais de petróleo, e às 13h05 fala o presidente do Fed de Nova York, John Williams.

No campo político, o foco continua na disputa em torno das tarifas comerciais. O governo Trump recorreu à Suprema Corte para tentar manter em vigor a prerrogativa de usar a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA, na sigla em inglês) e sustentar tarifas elevadas sobre diversos países, incluindo o Brasil. A decisão de aceitar ou não o caso deve sair até 10 de setembro.

Em Washington, empresários brasileiros se reuniram com o vice-secretário de Estado Christopher Landau para discutir sobretaxas de 40% aplicadas aos produtos nacionais.

Mercados internacionais

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quinta-feira. O índice japonês Nikkei 225 avançou 1,48% em Tóquio, acompanhado de altas do TOPIX (+1,03%), do S&P/ASX 200 na Austrália (+1,00%) e do Kosdaq sul-coreano (+1,08%).

Na Índia, o BSE Sensex ganhou 0,19% e o Nifty 50 avançou 0,08%. Já na China, o movimento foi de queda: o CSI 300 recuou 2,12% e o Hang Seng de Hong Kong caiu 1,12%.

Na Europa, por volta das 7h50 (horário de Brasília), os índices operavam em alta. O Stoxx 600 avançava 0,53% e o DAX de Frankfurt subia 0,68%, enquanto o CAC 40 de Paris recuava 0,15%. Em Londres, o FTSE 100 tinha ganho de 0,22%.

Nos Estados Unidos, por volta das 7h50 (horário de Brasília), os futuros apontavam para abertura positiva. O S&P 500 avançava 0,19% e o Nasdaq 100 subia 0,29%, enquanto o Dow Jones tinha leve alta de 0,01%.

Entre os destaques corporativos, investidores repercutem o balanço da Figma, que apresentou seu primeiro resultado desde a abertura de capital em julho. Apesar de ter superado as estimativas de receita e lucro por ação, as ações da empresa caem cerca de 14% no pré-mercado.

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