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Dados da Europa devem ajudar NY a abrir em alta

Informações do velho continente ajudaram a aplacar pessimismo vindo da China


	Bolsa de Nova York: expectativa de alta para esta sexta-feira
 (REUTERS/Brendan McDermid)

Bolsa de Nova York: expectativa de alta para esta sexta-feira (REUTERS/Brendan McDermid)

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Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2014 às 11h47.

São Paulo - As bolsas de Nova York devem abrir em leve alta nesta sexta-feira, 3, sinalizam os índices futuros. Depois de iniciar 2014 com a pior sessão inaugural desde 2008, as ações receberam um ligeiro impulso de dados positivos da Europa, o que ajudou a superar o pessimismo vindo de indicadores fracos da China.

Contudo, o foco dos investidores deve residir hoje nos discursos de quatro dirigentes do Federal Reserve, incluindo o do atual presidente da instituição, Ben Bernanke, previstos para esta tarde. Às 12h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,17%, o S&P 500 avançava 0,18% e o Nasdaq tinha alta de 0,05%.

A primeira autoridade do Fed a discursar hoje será o presidente da unidade da Filadélfia, Charles Plosser, que falará sobre o cenário de baixas taxas de juros. Em seguida, o diretor do Fed Jeremy Stein discursará a respeito do setor bancário e, hoje à noite, o presidente do Fed de Richmond, Jeffrey Lacker, abordará as perspectivas econômicas.

Bernanke falará a partir das 17h30 (de Brasília) sobre o passado, o presente e o futuro do banco central. No entanto, um dos momentos mais aguardados será a sessão de perguntas e respostas, quando alguns sinais sobre as próximas medidas do Fed poderão ser observados.

Dentre os falantes desta sexta-feira, Bernanke e Stein têm poder de voto no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), assim como Plosser, que ganhou poder de voto em 2014.

Durante a manhã, indicadores positivos da Europa ajudaram a elevar, ainda que ligeiramente, os índices futuros, ofuscando o pessimismo vindo de dados da China. Na quinta-feira, a China informou que o índice gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços recuou de 56 em novembro para 54,6 em dezembro, pressionado as ações.

A desaceleração do indicador vem dias depois de o mesmo PMI mostrar desaceleração no setor industrial. Os números reacendem a preocupação de muitos analistas quanto à força do motor chinês. A desaceleração na segunda maior economia do mundo pode jogar contra a aceleração da economia global e ainda representa um revés para a demanda por matérias-primas como commodities.

Contudo, entre os indicadores positivos da Europa, os números do mercado de trabalho da Espanha ajudaram os futuros a reverterem a queda inicial. Em dezembro, 107,5 mil espanhóis deixaram o desemprego no melhor resultado para o mês em 16 anos. Ao todo, 147,4 mil pessoas saíram do desemprego no acumulado de 2013 na Espanha, a primeira queda no número total de desempregados desde 2006.

No noticiário corporativo, as ações do Facebook devem se manter em foco, depois de notícias de que a empresa está enfrentando um processo judicial contra uma suposta intercepção de mensagens privadas de usuários. Segundo as acusações, o Facebook reuniu dados para vendê-los para uso publicitário. No pré-mercado, a ação da empresa subia 0,64%.

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