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Cyrela sobe forte com recompra de ações; Pão de Açúcar em dia volátil

Com BR Foods também no radar, investidores repercutem PIB chinês, que cresceu 9,5% no segundo trimestre

Ibovespa registra perdas de 1,5% no desempenho semanal (Germano Lüders/EXAME)

Ibovespa registra perdas de 1,5% no desempenho semanal (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2011 às 14h35.

São Paulo – Com queda de 1,5% no desempenho semanal, o Ibovespa opera no terreno positivo nesta quarta-feira (13). O principal índice da bolsa brasileira subia 1,6% na máxima do dia, aos 60.681 pontos. Parte do otimismo dos investidores vem da China. O Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu 9,5% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2010.

O resultado indica desaceleração ante a expansão de 9,7% observada nos três primeiros meses de 2011, mas supera a previsão dos economistas de alta de 9,4% entre abril e junho. A produção industrial também superou as previsões e subiu 15,1% em junho, enquanto as vendas no varejo aumentaram 17,7% no mês passado.

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Pão de Açúcar

As ações preferenciais do Pão de Açúcar (PCAR4) repercutem a decisão do Gama/BTG Pactual de suspender temporariamente a proposta de fusão da varejista com as operações brasileiras do Carrefour, após as negativas dadas pelo sócio francês Casino e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Os ativos do maior grupo varejista do país apresentam forte volatilidade neste pregão. No início dos negócios, os papéis despontavam como maior desvalorização do Ibovespa neste pregão, com a queda atingindo 2,1%, vendidos a 63,60 reais. Mais tarde inverteram o sinal e passaram a subir 1%, valendo 65,65 reais.

De acordo com a Folha de S.Paulo, o Casino já prepara sua vingança, após a malsucedida tentativa do empresário brasileiro de se unir ao Carrefour e agora pretende antecipar a compra da fatia de Abílio no Pão de Açúcar.

BR Foods

A negociação com as ações da Brasil Foods (BRFS3) foram suspensas hoje pela BM&FBovespa para esperar a decisão do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sobre fusão entre a Sadia e a Perdigão, que deu origem à empresa.

O Blog Faria Lima, de EXAME.com, contudo, havia apurado que a Brasil Foods e o Cade chegaram ontem a um acordo. A decisão fará com que a empresa venda todas as suas marcas - exceto Sadia, Batavo e Perdigão — e tire a marca Perdigão de mercados como o de linguiças e salames por um período que varia de um a cinco anos, dependendo do mercado. A marca Batavo ficará suspensa por cinco anos. Em 2011, as ações ordinárias da Brasil Foods registram queda de 3,6%.

A fusão entre Perdigão e Sadia foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), nesta quarta-feira (13/7), após um acordo entre as partes. A decisão vai contra o voto do relator do caso, Carlos Ragazzo, que, há um mês, rejeitou totalmente a operação.

Cyrela

O posto de maior valorização do Ibovespa era representado pelos papéis ordinárias do Cyrela (CYRE3). Na máxima, os ativos da companhia entregavam ganhos de 5%, aos 14,51 reais.

O conselho de administração da Cyrela aprovou o programa de recompra de ações de sua emissão, para manutenção em tesouraria e posterior cancelamento ou alienação. O objetivo é maximizar valor para os acionistas, conforme justifica o comunicado.

Serão adquiridas até 21,1 milhões de ações ordinárias, todas nominativas, escriturais e sem valor nominal, respeitando o limite mínimo de até 25% de ações em circulação exigido pelo regulamento de listagem no Novo Mercado.

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