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Cyrela sobe 4% na bolsa, após resultados do 1º tri

Às 15h56, a ação subia 4,2 % na Bovespa, a 18,02 reais. No mesmo instante, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,03 %


	De janeiro a março, a Cyrela teve lucro líquido de 179 milhões de reais, montante 52 % maior do que em igual etapa de 2012
 (ANTONIO MILENA)

De janeiro a março, a Cyrela teve lucro líquido de 179 milhões de reais, montante 52 % maior do que em igual etapa de 2012 (ANTONIO MILENA)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2013 às 16h46.

São Paulo - As ações da incorporadora Cyrela Brazil Realty subiam mais de 4 % na Bovespa nesta terça-feira, com o mercado reagindo positivamente aos resultados do primeiro trimestre e a projeções para o restante do ano.

Às 15h56, a ação subia 4,2 % na Bovespa, a 18,02 reais. No mesmo instante, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,03 %.

De janeiro a março, a Cyrela teve lucro líquido de 179 milhões de reais, montante 52 % maior do que em igual etapa de 2012. Além disso, a empresa previu que sua geração de caixa se manterá nos níveis vistos no primeiro trimestre, o que agradou o mercado.

"O prêmio em relação a seus pares parece justificável, à medida em que a Cyrela continua realizando seu processo de reestruturação de forma eficiente, com impacto sobre a rentabilidade e fluxo de caixa", disseram em relatório os analistas do Credit Suisse, Guilherme Rocha, Nicole Hirakawa, Eugenio Amador e Julian Bravo Lozano.

De janeiro a março, a geração de caixa operacional da companhia foi de 180,4 milhões de reais, ante 240 milhões no último quarto de 2012, mas melhor do que em igual etapa do ano passado, quando havia queimado 6 milhões de reais do caixa.

Mesmo com o resultado recente positivo, a posição de caixa da empresa diminuiu em 99 milhões de reais desde dezembro, a 1,67 bilhão de reais, devido à opção de usar parte dos recursos para diminuir o endividamento.

Em teleconferência com jornalistas, o vice-presidente financeiro da Cyrela, José Florêncio, previu que esse patamar deve ser no mínimo mantido ao longo deste ano.

"É tranquilo de ver que a gente pode ficar no mesmo patamar do que foi no ano passado ou até superar".

A companhia deve decidir no segundo trimestre sobre o uso do caixa, e tem como opções uma recompra de ações e a distribuição extraordinária de dividendos, disse Florêncio. Outras opções são a redução da dívida e compra estratégica de terrenos.

"São terrenos com certa liquidez e facilidade de lançamentos. Vamos continuar investindo ao longo deste ano", afirmou Florêncio, destacando que São Paulo e Rio de Janeiro são as localizações preferenciais da empresa.


Ao final de março de 2013, o estoque de terrenos somava 12,5 milhões de metros quadrados de área útil comercializável, com potencial de vendas total de 55 bilhões de reais, e a participação da Cyrela era de 84,8 %.

A companhia registrou Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de 278 milhões de reais, acima de previsão média de 256 milhões apurada pela Reuters junto a seis analistas. A margem Ebitda passou de 16,8 para 22,3 %, considerando impacto de mudanças de regras contábeis.

A empresa fez nove lançamentos no trimestre ante 10 no mesmo período de 2012. O valor geral de vendas (VGV) total cresceu 7,3 %, para 955 milhões de reais. .

O preço médio por metro quadrado recuou 25,2 %, para 4.652 reais. Já as vendas contratadas cresceram 11,3 %, para 1,36 bilhão de reais, com a parcela de Cyrela praticamente estável em 949 milhões de reais.

A Cyrela apurou receita líquida de 1,25 bilhão de reais de janeiro a março, queda de 14,6 % no comparativo anual.

O estoque total de unidades prontas recuou 4,3 % na comparação com o final de 2012, para 6,34 bilhões de reais. Do total estocado, 4,8 bilhões correspondem à Cyrela.

Florêncio estimou que o estoque de unidades prontas deve ficar no mesmo patamar do primeiro trimestre, de 13,3 %, com uma redução deste nível a partir do final do ano.

O cancelamento de contratos -- os chamados distratos --, por sua vez, devem se reduzir nos próximos trimestres para 10 % das vendas brutas dos projetos entregues, segundo o executivo. O índice foi de 12 % no primeiro trimestre.

A dívida líquida encerrou o trimestre em 2,12 bilhões de reais, queda de 18 % sobre um ano antes. O caixa ficou em 1,64 bilhão de reais, queda de 10 %.

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