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CVM questiona Eike por não divulgar fato sobre Mubadala

Comissão questionou empresas do grupo EBX por não divulgarem "fato relevante" sobre a reestruturação de dívida da holding com o fundo soberano de Abu Dhabi


	Eike Batista na Bovespa: CVM pediu que as empresas esclarecessem "detalhes da referida reestruturação, bem como os impactos" nas companhias abertas do grupo
 (Fernando Cavalcanti/EXAME.com)

Eike Batista na Bovespa: CVM pediu que as empresas esclarecessem "detalhes da referida reestruturação, bem como os impactos" nas companhias abertas do grupo (Fernando Cavalcanti/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2013 às 13h58.

São Paulo - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) questionou empresas do grupo EBX, de Eike Batista, por não divulgarem "fato relevante" sobre a reestruturação de dívida da holding do empresário com a Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi.

O EBX confirmou em nota à imprensa na quarta-feira reportagem da Reuters, publicada na semana passada, sobre a reestruturação de acordo firmado com a Mubadala que reduziu a dívida da holding do bilionário com o investidor de Abu Dhabi.

Uma fonte próxima à EBX disse à Reuters na semana passada que o grupo reduziu a dívida com a Mubadala de mais de 2 bilhões de dólares para algo entre 1,6 bilhão e 1,7 bilhão de dólares, além de ter alongado o prazo do débito.

A CVM pediu que as empresas esclarecessem "detalhes da referida reestruturação, bem como os impactos" nas companhias abertas do grupo.

Determinou ainda que as empresas informassem os motivos pelos quais entenderam que a reestruturação não se tratava de "fato relevante". E pediu uma manifestação do controlador das empresas sobre os motivos de não terem divulgado por meio das companhias abertas a referida reestruturação.

A CVM quer saber ainda os motivos pelos quais o controlador entende que o novo acordo com Mubadala "reforça ainda mais a estabilidade do grupo EBX", conforme comunicado de quarta-feira.

Em esclarecimentos enviados ao mercado, a MPX (empresa de energia do EBX), LLX (de logística), OSX (de construção naval), CCX (de carvão) e MMX (de mineração) reportaram que as companhias não são parte direta ou indireta dos contratos celebrados entre o acionista controlador e a Mubadala Development Company.

"A operação sob questão, portanto, em nada afeta a Companhia e seus interesses sociais, não tendo condão de provocar por si só qualquer mudança no controle, desenvolvimento ou gerenciamento das suas atividades", disseram as empresas.

As empresas também divulgaram a posição do controlador Eike Batista.

"A reestruturação do meu acordo com a Mubadala... traz uma ainda maior estabilidade à holding EBX vez que demonstra a confiança de investidor de absoluto destaque na comunidade financeira na capacidade de minha holding seguir adiante com sua contínua busca por uma estrutura de capital cada vez mais sólida e apta para atender na plenitude os seus melhores interesses empresariais", reportaram as empresas.

Das empresas listadas de Eike, a única que não havia divulgado um esclarecimento até as 18h10 era a petroleira OGX.

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