Mercados

CVM mira pequenas empresas e muda norma sobre FIP

Foi flexibilizada a exigência de que estes fundos tenham efetiva influência na definição da política estratégica e na gestão das companhias investidas


	Papelada: o objetivo é aumentar os investimentos desses fundos nas empresas de pequeno e médio portes
 (Stock Exchange)

Papelada: o objetivo é aumentar os investimentos desses fundos nas empresas de pequeno e médio portes (Stock Exchange)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 11h21.

Rio - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou nesta quarta-feira, 27, a Instrução 540/13, que altera normas da Instrução 391/03 sobre a constituição, o funcionamento e a administração dos fundos de investimento em participações (FIP).

A mudança faz parte do plano em desenvolvimento pela autarquia, a BM&FBovespa, o BNDES e outras entidades para facilitar o acesso de companhias de menor porte ao mercado de capitais.

O objetivo da reforma da Instrução 391 é aumentar os investimentos de FIP nas empresas de pequeno e médio portes, com a flexibilização da exigência de que estes fundos tenham efetiva influência na definição da política estratégica e na gestão das companhias investidas.

Para isso, o investimento deve ser feito em empresas listadas em segmento voltado ao mercado de acesso com padrões de governança corporativa mais estritos que os exigidos por lei.

Segundo a CVM, houve uma modificação em relação à minuta colocada em audiência pública. Foi elevado de 20% para 35% o patamar do patrimônio líquido do FIP que poderá ser investido em companhias com dispensa da exigência de ingerência na sua gestão.

O prazo para aplicação dos recursos foi estendido de até 90 dias para 6 meses, em virtude dos comentários de agentes do mercado feitos na audiência.

"As alterações na norma refletem as propostas elaboradas pelo Comitê Técnico de Ofertas Menores e que foram encaminhadas à CVM. O objetivo é aprimorar o ambiente regulatório para que empresas de menor porte consigam acessar o mercado de capitais e se financiar por meio de emissões públicas de ações", diz a autarquia em nota.

Além das medidas apresentadas nesta Instrução alteradora, o Comitê apresentou propostas à autarquia que também implicam em mudanças em dispositivos da Instrução CVM nº 400/03 (ofertas públicas de ações); da Instrução CVM nº 409/04 (fundos de investimento); da Instrução CVM nº 476/09 (ofertas públicas com esforços restritos); e da Instrução CVM nº 480/09 (registro de emissores). A CVM está analisando as propostas que poderão redundar em novas audiências públicas relativas ao Projeto de Ofertas Menores.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasservicos-financeirosPequenas empresasaplicacoes-financeirasB3bolsas-de-valoresMercado financeiroFundos de investimentoCVM

Mais de Mercados

Governo do Canadá intervém para deter greve da Air Canada

Após lucro fraco, Air Canada enfrenta greve que paralisa 200 voos diários para os EUA

O que EUA e Argentina têm em comum? Investidores veem 'paralelos preocupantes'

Do Drex à inteligência artificial 'explicável': As 5 inovações que vão mudar o mercado financeiro