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CVM alerta para taxa de administração de fundos

Presidente Maria Helena Santana disse que essa é uma conclusão já destacada em estudos acadêmicos em vários outros mercados, mais ainda pouco debatida

"Queremos chamar a atenção dos cotistas para que eles promovam um mercado mais eficiente", observou a presidente da autarquia (Marcelo Calenda/EXAME.com)

"Queremos chamar a atenção dos cotistas para que eles promovam um mercado mais eficiente", observou a presidente da autarquia (Marcelo Calenda/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2012 às 10h55.

São Paulo - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) quer chamar a atenção de pessoas que aplicam seus recursos em fundos de investimento para o impacto das taxas de administração na rentabilidade. A informação é da presidente do órgão regulador, Maria Helena Santana.

"O que determina uma boa ou má experiência das pessoas em investir em fundos de investimento é se a taxa de administração é maior ou menor", destacou a presidente da CVM, em palestra na manhã desta terça-feira na 2ª Conferência Brasileira de Contabilidade e Auditoria Independente, organizada pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon).

De acordo com Maria Helena, essa é uma conclusão já destacada em estudos acadêmicos em vários outros mercados, mais ainda pouco debatida. "Queremos chamar a atenção dos cotistas para que eles promovam um mercado mais eficiente", observou.

Em meio à redução dos juros básicos do país, a pressão para os gestores baixarem as taxas de administração dos fundos aumenta, uma vez que a rentabilidade dessas aplicações torna-se menos atrativa que a da poupança, pois, além deste custo, os rendimentos dos investidores são tributados pelo Imposto de Renda (IR).

Maria Helena também destacou, em sua apresentação, a necessidade de os distribuidores de fundos agirem com maior transparência perante os investidores, principalmente diante do cenário de queda dos juros, no qual eles começam a diversificar os seus investimentos e demandar instrumentos como, por exemplo, os fundos de crédito privado.

"Esses ativos são menos líquidos e trazem mais riscos. É preciso agir com mais transparência, por exemplo, no ponto de venda, passando as informações necessárias para o investidor tomar uma decisão e poder comparar com outros fundos", avaliou ela.

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