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CVM acusa Joesley Batista de práticas irregulares do Banco Original

Joesley Batista é acusado de atividade não equitativa do Banco Original com derivativos de taxas de juros feitos antes de um acordo de delação premiada

Joesley Batista já foi alvo de outro processo da CVM (Adriano Machado/Reuters)

Joesley Batista já foi alvo de outro processo da CVM (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de maio de 2019 às 11h08.

Última atualização em 29 de maio de 2019 às 11h10.

São Paulo — A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) acusou nesta segunda-feira (28) o empresário Joesley Batista de envolvimento em operações irregulares realizadas pelo Banco Original, do grupo J&F, do qual é sócio.

O processo sancionador aberto nesta segunda é resultado de uma investigação iniciada em abril do ano passado sobre acusação de prática não equitativa do Banco Original com derivativos de taxas de juros feitos antes de um acordo de delação premiada de Joesley e outros executivos do grupo J&F.

Em nota, a defesa de Joesley afirmou que "as operações de derivativos em análise são usuais e regulares, realizadas com base em critérios técnicos, dentro dos limites operacionais previamente estabelecidos e sempre dentro das normas dos órgãos reguladores".

Joesley, ex-presidente-executivo da JBS, mais importante empresa do grupo, já foi alvo de outro processo da CVM sob acusação de ter ganhado dinheiro no mercado financeiro explorando a volatilidade causada na esteira de seu acordo de delação premiada, no qual admitiu ter pago propinas a centenas de políticos.

Além de Joesley, são acusados de envolvimento a própria J&F e o executivo Emerson Loureiro.

"Agora, os acusados terão prazo para apresentarem suas defesas", afirmou a CVM, segundo documentação à qual a Reuters teve acesso.

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