Loja da CVC: agência de turismo pode levantar mais de R$ 450 milhões em oferta (CVC/Divulgação)
Guilherme Guilherme
Publicado em 14 de junho de 2022 às 10h47.
Última atualização em 14 de junho de 2022 às 12h00.
A possibilidade de a CVC (CVCB3) fazer uma nova oferta de ações na B3, sondada pela companhia na semana passada, foi confirmada em fato relevante desta terça-feira, 14. O Conselho de Administração da companhia de turismo aprovou a oferta inicial de 46,5 milhões de ações ordinárias, que poderá aumentar em 25%, dependendo da demanda.
O follow-on poderá movimentar mais de R$ 450 milhões, considerando o lote suplementar e a cotação dos papéis no último fechamento, de R$ 8,21 - cerca de 60% do que valiam no início do ano.
Todo o dinheiro será destinado para a empresa. O montante pode dobrar o volume de caixa da companhia, dado que a CVC encerrou o primeiro trimestre com R$ 470,9 milhões -- cerca de R$ 120 milhões a mais que no trimestre anterior. Apesar do crescimento do caixa no período, o saldo consolidado, que considera todas as empresas do grupo, caiu no período, de R$ 798,8 milhões para 779,4 milhões.
A companhia espera utilizar os recursos arrecadados principalmente para pagamento de dívidas emitidas por meio de debêntures e para o reforço do capital de giro para "desenvolvimento da estratégia de crescimento". Em conversa com investidores sobre o resultado do primeiro trimestre, Leonel Andrade, CEO da CVC, já havia falado sobre a necessidade de mais dinheiro para arcar com o aumento da demanda por turismo.
"A retomada muito forte [da demanda por viagens] implica em uma grande necessidade de caixa. Não vamos abrir mão de margem e nem de nossa saúde financeira", disse no início de maio.
O volume de reservas confirmadas da CVC segue numa crescente, com alta de 19% em maio em relação ao mês anterior, de acordo com a prévia operacional do segundo trimestre. No bimestre abril e maio, as reservas confirmadas ficaram em R$ 2,6 bilhões, 52% superior ao de todo o segundo trimestre de 2021. O montante, no entanto, ainda representam apenas 71% de todas as reservas confirmadas no mesmo período de 2019, antes do início da pandemia.
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