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Custo de proteção da dívida de Portugal dispara

Banco Espírito Santo também sofre com o corte do rating da dívida soberana do país

José Sócrates, primeiro-ministro de Portugal, espera que plano de corte de gastos seja aprovado no parlamento amanhã (.)

José Sócrates, primeiro-ministro de Portugal, espera que plano de corte de gastos seja aprovado no parlamento amanhã (.)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2010 às 11h51.

São Paulo - O corte do rating soberano da dívida de Portugal pela Fitch fez disparar o custo de proteção contra um eventual calote. O CDS (Credit Default Swap) do país para a dívida com prazo de cinco anos sobe cerca de 5%, para 140 pontos.  Esse tipo de título é usado como proteção contra uma possível inadimplência de um emissor. Quanto mais elevado é o custo de um CDS, maior é a expectativa de que isso ocorra.

O Banco Espírito Santo (BES) também sofre. O CDS do banco português avança 7% em relação ao fechamento de ontem. O rating de Portugal foi reduzido nesta quarta-feira (24) de "AA" para "AA-", com perspectiva negativa. "O rebaixamento reflete o aumentou significativo do déficit das contas públicas em 2009", explica a agência, em nota.

De acordo com a Fitch, o déficit chegou a 9,3% do PIB (Produto Interno Bruto), número superior aos 6,5% estimados pela Fitch em setembro do ano passado. "Este agravamento torna ainda mais exigente o desafio de equilibrar as contas públicas e reduzir a dívida no médio prazo", diz a agência.

Com o aumento das preocupações dos investidores, o euro renovou a mínima em 10 meses contra o dólar. O parlamento português deve votar na quinta-feira (25) o Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC). A proposta tem o objetivo de conter despesas e realizar ajustes macroeconômicos.
 

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