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Custo para assegurar dívida de bancos dos EUA dispara

Há receio sobre o suporte implícito que essas instituições recebem do governo federal

O swap de default de crédito (CDS) dos bônus do Bank of America avançou 51%, nível que não era visto desde julho de 2009 (Davis Turner/Getty Images)

O swap de default de crédito (CDS) dos bônus do Bank of America avançou 51%, nível que não era visto desde julho de 2009 (Davis Turner/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2011 às 18h24.

Nova York - O custo para assegurar dívidas emitidas por grandes bancos dos EUA disparou hoje, com os receios sobre o suporte implícito que eles recebem do governo federal, tendo em vista o rebaixamento do rating do país na sexta-feira, pela agência de classificação de risco Standard & Poor's.

O swap de default de crédito (CDS) dos bônus do Bank of America (BofA) avançou 51%, 310 pontos-base acima do fechamento de sexta-feira, segundo dados da Markit. Isso significa que o custo para proteger uma dívida de US$ 10 milhões por cinco anos é de US$ 310 mil por ano, de US$ 205 mil por ano na sexta-feira. Esse nível não era visto desde julho de 2009.

Além do rebaixamento do rating dos EUA, a seguradora AIG entrou hoje com um processo contra o BofA pedindo US$ 10 bilhões, devido a perdas com títulos lastreados em hipotecas.

Os CDS do Citigroup subiram 35%, 220 pontos-base acima do fechamento de sexta-feira. Ou seja, o seguro por cinco anos sai por US$ 220 mil por ano. Já os CDS do Goldman Sachs tiveram alta de 31%, ou 217 pontos-base, e os CDS do Morgan Stanley registraram elevação de 30%, ou 260 pontos-base.

"Os spreads dos CDS dos bancos subiram devido aos receios com liquidez, em razão da grande onda de vendas hoje", diz Otis Casey, analista de crédito da Markit. "Além disso, existem renovados receios com o risco de litígio do processo da AIG contra o BofA", acrescenta. As informações são da Dow Jones.

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