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ÀS SETE - O dólar fechou nesta quarta-feira em 3,595 reais na venda, com alta de 0,74%, marcando o terceiro dia de alta e batendo a maior marca em dois anos

Dólar: mo mês, a moeda americana acumula alta de 2,62% (Hafidz Mubarak/Reuters)

Dólar: mo mês, a moeda americana acumula alta de 2,62% (Hafidz Mubarak/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2018 às 07h17.

Última atualização em 10 de maio de 2018 às 07h22.

Dólar vai a 3,59

A moeda fechou nesta quarta-feira em 3,595 reais na venda, com alta de 0,74%, marcando o terceiro dia de alta e batendo a maior marca em dois anos. Em 31 de maio de 2016 o dólar terminou o dia cotado a 3,612 reais. No mês, a moeda americana acumula alta de 2,62%, depois de subir 10% entre fevereiro e abril. Na máxima desta quarta-feira, o dólar foi a 3,6111 reais. Os motivos da escalada são conhecidos: expectativa de novos aumentos de juros nos Estados Unidos e tensões geopolíticas sobretudo com o Irã. Ontem, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que seu país estava abandonando o acordo nuclear com o Irã, alimentando temores de que a produção e exportação de petróleo iraniano possam ser afetadas e elevar os preços da commodity.

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Vereador acusado nega

O vereador Marcello Siciliano (PHS) negou, na manhã desta quarta-feira, envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), ocorrida em 14 de março, e afirmou que a acusação de que ele teria sido o mandante do crime é um “factoide”. Segundo a denúncia, divulgada na terça-feira pelo jornal O Globo, o vereador, com atuação no ramo da construção civil, teria participado no ano passado de uma reunião num restaurante com um ex-policial militar chamado Orlando Oliveira de Araújo, hoje preso por acusação de chefiar uma milícia, na qual teria dito que Marielle estaria “atrapalhando-o”. Ela teria sido chamada por Siciliano de “piranha do Freixo”, em alusão ao deputado Marcelo Freixo (PSOL), com quem a vereadora trabalhou antes de se eleger. O vereador negou qualquer participação em atividades de milícia e disse ao Globo que não conhece Orlando.

Testemunha em proteção

Segundo o jornal O Globo, a Secretaria de Segurança determinou que o comando da Polícia Civil passe a dar proteção imediata à testemunha que, em depoimento à Divisão de Homicídios, implicou o vereador Marcello Siciliano (PHS) e Orlando Oliveira de Araújo na morte de Marielle. A testemunha afirmou estar jurada de morte, já que o ex-PM acredita que sua prisão é resultado de uma denúncia feita por ele.

Lula negado

A maioria dos ministros da segunda turma do STF negou, nesta quarta-feira 9, recurso da defesa de Lula para libertar o ex-presidente. Três ministros, Edson Fachin, Dias Toffoli e Gilmar Mendes, já votaram contra o petista por meio do plenário virtual. Faltam votar Ricardo Lewandowski e Celso de Mello. O prazo para os ministros registrarem seus votos no julgamento virtual termina nesta quinta-feira 10. Se algum não votar, sua posição será computada como tendo acompanhado o relator. Caso algum ministro queira levar a discussão para o plenário presencial, pode pedir vista ou destaque.

Ministro anti-foro

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, uma proposta para ampliar a restrição do foro privilegiado para todas as autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário, nas esferas federal, estadual e municipal. Na semana passada, o STF decidiu por unanimidade restringir o foro de deputados e senadores apenas para crimes ocorridos durante o mandato. No documento, Toffoli apresenta duas propostas de súmulas vinculantes à decisão da semana passada, uma para restringir o foro de agentes públicos dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário e do Ministério Público apenas para crimes praticados no mandato e em razão do cargo. Outra para tornar inconstitucionais as normas de constituições estaduais e da Lei Orgânica do Distrito Federal, que preveem prerrogativas de foro que não estão previstas na Constituição Federal.

Lucro, finalmente

Os Correios tiveram lucro de 667 milhões de reais em 2017, revertendo prejuízo de 1,48 bilhão em 2016, um desempenho que, para o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, afasta as discussões sobre a privatização da estatal. “Dois anos atrás, no começo de nossa gestão, era praticamente certo o início de um processo de privatização. Com o tempo, nós mostramos que é uma empresa que pode ser saudável”, disse o ministro, acrescentando que vê um caminho de crescimento à frente para a empresa. O resultado foi o primeiro positivo para a estatal desde 2013, e mostra a “superação da grave crise apresentada nos últimos anos”, disse a empresa, em comunicado, creditando o desempenho à revisão dos contratos e do custeio do plano de saúde, racionalização de custos com pessoal e otimização da rede de atendimentos. Questionado sobre o possível fechamento de agências e demissão de funcionários, o presidente da estatal afirmou que há um projeto de redesenho das unidades de atendimento, que pode envolver demissões e/ou fechamento de agências até 2022. Contudo, o plano não tem data para ser lançado e, segundo ele, no processo a empresa deverá ganhar 2 mil pontos de atendimento.

Privatização adiante

A comissão especial mista que analisou a Medida Provisória 814/17, que trata da privatização da Eletrobras e suas distribuidoras e de outras mudanças no setor, aprovou nesta quarta-feira o relatório do deputado Júlio Lopes (PP-RJ) sobre a MP, por 17 votos a 7. O texto seguirá agora para apreciação nos plenários da Câmara e do Senado. Segundo Lopes, a matéria deve ser votada na Câmara em até dez dias — se não for votada, a MP perderá a validade no dia 1º de junho. O relatório de Lopes incluiu uma série de modificações no texto original, entre elas a permissão de um reajuste, em valores de mercado, do gás fornecido pela Petrobras para termelétricas do chamado Programa Prioritário de Termelétricas (PPT), criado em 2000, pouco antes do racionamento de energia.

Walmart compra Flipkart

O Walmart concordou em pagar 16 bilhões de dólares por uma participação de 77% no operador indiano Flipkart, o maior acordo da varejista americana, no momento em que abre outra via para enfrentar a concorrente Amazon.com num importante mercado em crescimento. O acordo, que conclui quase dois anos de idas e vindas nas negociações, abre uma nova frente na batalha do Walmart com a Amazon, que também expressou interesse em fazer uma oferta competitiva por uma participação. A compra de uma participação do Flipkart, que vende diversos produtos, dá ao Walmart acesso ao vasto mercado de comércio eletrônico da Índia, avaliado em 200 bilhões de dólares anualmente em uma década, segundo o Morgan Stanley. O Walmart disse que planeja financiar o acordo por meio de uma combinação de dívida nova e dinheiro.

Americanos libertados

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, nesta quarta-feira, que três cidadãos americanos presos na Coreia do Norte foram libertados e estão a caminho dos Estados Unidos. Em seu Twitter, Trump afirmou que os três irão pousar em solo americano na madrugada de quinta-feira e que estão acompanhados do secretário de Estado, Mike Pompeo. Ele esteve na Coreia do Norte pela segunda vez em menos de seis semanas para se reunir com Kim Jong-un. A libertação dos americanos faz parte do processo de reaproximação dos Estados Unidos e da Coreia do Norte, que pode se consolidar quando o líder americano se encontrar com o presidente Kim Jong-un. Embora os detalhes desse encontro ainda não tenham se tornado públicos, Trump garantiu que a data e o local já foram acordados. Kim Dong-chul, Kim Sang-duk e Kim Hak-song, são sul-coreanos naturalizados americanos, e foram presos após serem acusados de espionagem e por “atos hostis” contra a Coreia do Norte.

Ataque em Cabul

Pelo menos três explosões ocorreram nesta quarta-feira em Cabul, capital do Afeganistão. Segundo o Ministério da Saúde, ao menos seis pessoas ficaram feridas, mas que o número pode aumentar. Enquanto a polícia isolava parte da principal área comercial da cidade, ainda era possível ouvir tiros. O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque. O governo afegão, que tem apoio ocidental, está mergulhado em uma guerra cada vez mais intensa contra os grupos terroristas Taliban e Estado Islâmico. A violência transformou grande parte de Cabul em uma zona de alta segurança com muros de concreto antibombas e arame farpado. Centenas de pessoas foram mortas por outros ataques terroristas, desde o início do ano.

Fim do impasse?

O partido italiano Movimento 5 Estrelas (M5S) e a Liga de extrema-direita se mobilizaram nesta quarta-feira para encerrar nove semanas de um impasse político provocado por eleições inconclusivas e formar um governo. O presidente da Itália, Sergio Mattarella, afirmou que vai adiar os planos de nomear um primeiro-ministro apartidário por 24 horas após os dois partidos lhe informar que estão realizando reuniões de última hora para tentar firmar um acordo de coalizão. A eleição de 4 de março resultou em um Parlamento sem maioria, e esforços repetidos para romper o impasse fracassaram. Sem perspectivas de solução, Mattarella estava prestes a nomear alguém de fora do mundo político para comandar um “governo neutro” e preparar o país para eleições antecipadas, em julho. Mas os líderes do 5 Estrelas e da Liga voltaram a se reunir inesperadamente e indicaram que fizeram progresso, mas que precisam de mais tempo. O 5 Estrelas propôs várias vezes formar um governo com a Liga, mas com a condição de que ela rompa com sua aliada Forza Italia, partido liderado pelo ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi. O 5 Estrelas vê Berlusconi como um símbolo da corrupção política.

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