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CSN ficou mais perto da adesão de acionistas da Cimpor, diz Barclays

Empresa disputa o controle com Votorantim e Camargo Corrêa, que já detêm mais de 50% da portuguesa

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2010 às 16h41.

São Paulo - Baseados no recente aumento de oferta pública feita pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) aos acionistas da cimenteira portuguesa Cimpor, os analistas do banco de investimentos britânico Barclays acreditam que um acordo pode estar mais próximo. A empresa brasileira havia oferecido 5,75 euros por ação da Cimpor, mas após a Votorantim e a Camargo Corrêa terem adquirido mais de 55% das ações da empresa portuguesa, a CSN se viu forçada a mudar sua oferta para 6,18 euros por papel.

Até mesmo o temor de que a CSN tivesse um grande aumento do endividamento se dissipou nos últimos dias. Como a Votorantim e a Camargo Corrêa já compraram a maior parte das ações, o Barclays acredita que a CSN terá de desembolsar cerca de 1,88 bilhões de dólares se a oferta for bem-sucedida e levar à aquisição de um terço dos papéis da Cimpor. Esse montate corresponderia a apenas 8% do valor de mercado da CSN - sendo, portanto, uma aquisição que caberia no bolso da siderúrgica brasileira.

O Barclays acredita que o Banco Comercial Português, detentor de 10% das ações da Cimpor, será o fiel da balança para o sucesso ou fracasso da oferta da CSN. Mas para deixar de ser minoritário e passar a ser controlador da empresa portuguesa, a CSN provavelmente teria de contar com a ajuda dos órgãos de defesa da concorrência brasileiras que investigam um suposto cartel na área de cimento e poderiam barrar a aquisição de parte da empresa portuguesa pela Votorantim e da Camargo Corrêa.

O Barclays não mudou a preferência pelos papéis da CSN e manteve o valor-alvo a 75 reais. Às 11h40, as ações da empresa (CSNA3) eram negociadas a 58,70 reais na Bovespa, apresentando um decréscimo de 0,58% no valor.

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