Das 87 ações que compõem o índice Ibovespa, 14 atingiram seus preços máximos históricos no mês de abril. (Germano Lüders/Exame)
Repórter de Mercado Imobiliário
Publicado em 28 de abril de 2025 às 16h55.
Das 87 ações que compõem o índice Ibovespa, 14 atingiram seus preços máximos históricos no mês de abril. É um marco em meio à relativa recuperação do mercado brasileiro que acontece em 2025.
Conforme a Elos Ayta, responsável pelo levantamento, a diversificação do perfil das companhias, majoritariamente defensivo e resiliente, reforça a seletividade do investidor diante das incertezas macroeconômicas — que continuam preferindo nomes com geração de caixa estável e capacidade de remunerar seus acionistas.
A ação da TIM (TIMS3) lidera em desempenho no ano até 25 de abril, com valorização de 36,91%. Em seguida vêm os papéis da Marfrig (MRFG3), que tiveram alta de 34,17%. A JBS (JBSS3), que avança 31,87% no mesmo período, ficou em terceiro lugar. No mesmo período, o Ibovespa acumula alta de 12,02%.
Os setores de energia elétrica e seguros são os que mais se destacam, cada um com três representantes na lista. Equatorial (EQTL3), Copel (CPLE6) e Taesa (TAEE11) representaram o setor de energia elétrica. Quando o assunto é segmento de seguros, Porto Seguro (PSSA3), BB Seguridade (BBSE3) e Caixa Seguridade (CXSE3) mostraram força.
Os setores de proteínas animais e telecomunicações aparecem com duas ações cada, enquanto holdings diversificadas, serviços de apoio e armazenagem, água e saneamento, e bancos têm um papel cada na lista das 14 ações.
O levantamento afirma que empresas de proteínas animais — no caso, Margrig e JBS, que estão no topo da lista — foram impulsionadas tanto pela valorização das exportações quanto pela dinâmica de câmbio favorável. Já no setor de telecomunicações, fora a líder TIM, a Telefônica Brasil (VIVT3) também renovou sua máxima, vendo a estabilidade da receita e melhora da rentabilidade.
A Sabesp (SBSP3) também está na lista, indicando expectativas mais otimistas com o processo de desestatização da companhia. Entre os grandes bancos, o Itaú Unibanco (ITUB4) foi o único a bater sua máxima histórica.
Empresa | Código | Setor | Preço Máximo R$ | Data Máximo | Retorno % em 2025 |
---|---|---|---|---|---|
TIM | TIMS3 | Telecomunicações | 18.61 | 25/04/2025 | 36.91 |
Marfrig | MRFG3 | Carnes e derivados | 22.85 | 25/04/2025 | 34.87 |
JBS | JBSS3 | Carnes e derivados | 47.87 | 25/04/2025 | 31.65 |
Equatorial | EQLT3 | Energia elétrica | 35.95 | 25/04/2025 | 31.63 |
Sabesp | SBSP3 | Água e saneamento | 11.55 | 25/04/2025 | 29.61 |
Itausa | ITSA4 | Holdings diversificadas | 10.57 | 25/04/2025 | 33.72 |
Copel | CPLE6 | Energia elétrica | 35.70 | 24/04/2025 | 21.06 |
BBSeguridade | BBSE3 | Seguradoras | 42.39 | 24/04/2025 | 23.09 |
Porto Seguro | PSSA3 | Seguradoras | 42.39 | 24/04/2025 | 23.29 |
Caixa Seguridade | CXSE3 | Seguradoras | 29.54 | 24/04/2025 | 18.32 |
Santos Brp | STBP3 | Serviços de apoio e armazenamento | 25.35 | 24/04/2025 | 12.98 |
ItaúUnibanco | ITUB4 | Bancos | 34.75 | 24/04/2025 | 10.69 |
Telef Brasil | VIVT3 | Telecomunicações | 27.32 | 24/04/2025 | 19.92 |
Taesa | TAEE11 | Energia elétrica | 36.41 | 24/04/2025 | 19.57 |
O levantamento utilizou séries históricas ajustadas por proventos (dividendos, JCPs, agrupamentos e desdobramentos).