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Crise derruba valor dos bancos brasileiros

Turbulência já custou aos bancos perdas de R$ 32,6 bilhões em valor de mercado na bolsa

Ações dos bancos brasileiros tiveram queda de 8,4% em apenas 11 dias (Miguel Medina/AFP)

Ações dos bancos brasileiros tiveram queda de 8,4% em apenas 11 dias (Miguel Medina/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2011 às 09h36.

São Paulo - A recente turbulência dos mercados globais já custou aos bancos brasileiros R$ 32,6 bilhões em valor de mercado na bolsa de valores. Isso significa uma queda de 8,4% em apenas 11 dias (do início do mês até a quinta-feira), revela um estudo da consultoria Economática feito a pedido do ‘Estado’.

O movimento amplificou uma tendência que vinha desde o início do ano, apesar de os bancos brasileiros estarem muito mais saudáveis que as instituições financeiras no exterior. Em relação a 31 de dezembro de 2010, a perda de valor de mercado do setor bancário brasileiro em bolsa chega a R$ 118,7 bilhões.

A crise está castigando as ações dos bancos não só no Brasil, mas principalmente lá fora. Esses papéis se transformaram em ativos de risco, depois que se constatou a exposição dos bancos europeus a países altamente endividados e após ficar claro que os problemas dos bancos americanos não foram sanados.

"Quando se cria um ambiente de aversão ao risco, investidores institucionais reduzem sua exposição ao setor bancário de forma geral, sem considerar que a situação no Brasil é mais confortável", diz Luciana Leocádio, analista-chefe da Ativa Corretora.

As ações dos bancos brasileiros estão em queda desde o início do ano, depois que o Banco Central adotou medidas para conter o crédito, explica João Augusto Salles, economista da consultoria Lopes Filho. No fim de 2010, o BC aumentou os depósitos compulsórios dos bancos e elevou o índice de Basileia (relação entre empréstimos e patrimônio líquido) para instituições que atuem no crédito de veículos e consignado.

Os analistas, no entanto, reforçam que a situação do sistema financeiro brasileiro é bastante saudável. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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