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Crise da China gera fuga de bolsas de países emergentes para EUA

Não há expectativa de crescimento econômico mais forte no país asiático, ante 78% em fevereiro, informou o BofA

China: maior economia da Ásia enfrenta grave crise que preocupa investidores (Hugo Hu/Getty Images)

China: maior economia da Ásia enfrenta grave crise que preocupa investidores (Hugo Hu/Getty Images)

Bloomberg
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Agência de notícias

Publicado em 12 de setembro de 2023 às 15h25.

Última atualização em 12 de setembro de 2023 às 15h34.

A preocupação com a economia chinesa criou uma “mudança dramática” nas alocações globais em renda variável: uma corrida em direção aos EUA e um êxodo de mercados emergentes, segundo a última pesquisa do Bank of America com grandes gestoras de recursos.

O BofA disse que o tema “evitar a China” se tornou uma das maiores convicções entre os investidores pesquisados, que têm US$ 616 bilhões sob gestão. Ninguém espera crescimento econômico mais forte no país asiático, ante 78% em fevereiro.

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Isso teve um impacto na exposição a ações de mercados emergentes, que caiu de 34% overweight para 9% em setembro, o nível mais baixo desde novembro de 2022.

Em compensação, a exposição em ações dos EUA, que estava underweight desde agosto do ano passado, agora está 7% overweight, segundo a pesquisa.

O índice S&P 500 subiu 17% até agora neste ano, enquanto o índice MSCI Emerging Markets subiu apenas 2%.

O sentimento em relação à China ficou mais pessimista do que em setembro do ano passado — antes da reabertura do país. E o setor imobiliário chinês agora é visto como a causa mais provável da próxima turbulência de crédito global.

A maioria dos investidores ainda espera que a economia global evitará uma recessão e terá um “pouso suave”. Mas 53% se preparam para uma economia mais fraca nos próximos 12 meses, acima dos 45% em agosto. A pesquisa foi realizada de 1º a 7 de setembro, com 222 gestores.

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