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Crescimento na China beneficia A.Latina, diz Moody´s

Relatório diz que aumento das exportações para a China pode levar a diminuição da classificação das dívidas dos países da região

Contêineres de importação e exportação na China (Arquivo/AFP)

Contêineres de importação e exportação na China (Arquivo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2010 às 15h10.

Nova York - O forte crescimento da economia chinesa nos últimos tempos beneficia os países da América Latina, cujas classificações de dívida poderiam elevar-se "no futuro" graças a isso, segundo Moody's.

A agência de classificação divulgou hoje um relatório elaborado por seu analista Sergio Valderrama no qual aponta que na última década as importações chinesas de matérias-primas procedentes da América Latina aumentarão a taxas anuais superiores a 20%.

O gigante asiático se transformou em um dos mercados mais importantes da região, está entre os três principais destinos das exportações da Argentina, Brasil e Venezuela.

Valderrama detalhou que o crescimento da economia da China provocou uma alta de preços das matérias-primas, circunstância que beneficiou a maioria dos países exportadores da América Latina, tornando-os mais resistentes a possíveis problemas econômicos.

O autor do relatório diz que, ao contrário do ocorrido em outras épocas, quando apesar dos elevados preços das matérias-primas a América Latina seguia endividando-se, "no período recente, vários Governos aproveitaram os altos preços para reduzir seus níveis de dívida, acumular ativos financeiros e aumentar as reservas internacionais".

Para o analista, esta mudança demonstrou que a região estava em melhor posição para enfrentar a crise econômica de 2009 e que isto "fortaleceu sua qualidade creditícia" e poderia "levar a melhorias nas classificações". 

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