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Em crise, Credit Suisse vende 'jóias da família', como o hotel Savoy Bauer em Zurique

O prédio onde fica o hotel de cinco estrelas foi avaliado em 400 milhões de francos, recursos fundamentais para salvar o orçamento do banco que está em risco de falência

Credit Suisse (Pascal Lauener/Reuters/Exame)

Credit Suisse (Pascal Lauener/Reuters/Exame)

Continua a crise do Credit Suisse, e o maior banco suíço está sendo forçado a vender até suas 'joias de família" para tentar cobrir buraco em seu balanço, que poderia provocar até sua falência.

Por isso, o Credit Suisse decidiu vender o histórico hotel cinco estrelas Savoy Bauer, localizado no centro de Zurich, e hoje sob a gestão da Mandarin.

O hotel teria o valor de 400 milhões de francos suíços (cerca de R$ 2,2 bilhões). Entre os potenciais compradores, estaria Goetz Bechtolsheimer, dono da cadeia de hotéis de luxo Tschuggen.

Segundo o jornal online suíço Inside Paradeplatz, com esta venda, o Credit Suisse teria vendido “praticamente todas as joias de sua família”.

Um porta-voz do banco confirmou que o hotel foi colocado à venda, afirmando que "o Credit Suisse avalia regularmente seu portfólio imobiliário como parte de sua estratégia global e o banco se comprometeu a lançar o processo de venda do hotel Savoy Bauer, e avaliará cuidadosamente todas as ofertas e os potenciais compradores".

O Savoy Bauer sempre foi o hotel mais renomado de Zurique, com vista para a praça principal da capital econômica da Suíça, a Paradeplatz. Seu histórico edifício foi construído em 1838, e está passando por uma reforma integral.

Nos últimos anos, o banco já vendeu outras propriedades, incluindo o complexo de escritórios Üetlihof em Zurique, no qual permanece inquilino.

Dificuldades de obter liquidez por parte do Credit Suisse?

Segundo alguns analitas, as vendas dos imóveis do Credit Suisse demonstrariam as dificuldades do banco suíço em obter financiamentos em um momento de turbulência.

O Credit Suisse está trabalhando em um plano de reestruturação estratégica que deverá ser apresentado pelo CEO Ulrich Körner no dia 27 de outubro, e que inclui a venda de ativos, pois busca maneiras de reduzir custos e restaurar a lucratividade. 

Todavia, os investidores estão cada vez mais conscientes de que o gigante bancário suíço só poderá levar adiante esse plano em combinação com um doloroso aumento de capital, que analistas preveem entre 4 a 6 bilhões de francos suíços.

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