Mercados

Credit Suisse diz os atalhos para ganhar na bolsa em outubro

Banco reduziu sua posição em Petrobras; para o Credit Suisse, o papel já precificou qualquer possível elevação no preço dos combustíveis


	Credit Suisse: exposição a bancos e mineração aumentou
 (Fabrice Coffrini/AFP)

Credit Suisse: exposição a bancos e mineração aumentou (Fabrice Coffrini/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2013 às 16h10.

São Paulo - Outubro começa com os Estados Unidos sem um orçamento aprovado – e soma-se a isso a expectativa do início da redução do programa compra de bônus pelo Federal Reserve. A estratégia do Credit Suisse neste mês é reforçar sua preferência no setor financeiro - junto com petroquímica e tecnologia/serviços. Em relatório assinado pela equipe de análise liderada por Andrew T. Campbell, o banco explica suas preferências.

O setor dos bancos é um dos setores domésticos favoritos do Credit Suisse, para quem as instituições financeiras brasileiras terão um ciclo de ganhos maior e esforços de controle de custos. O Credit Suisse adicionou o Santander Brasil (SANB11) e o Banco do Brasil (BBAS3). Entre os bancos, a escolha do analista Marcelo Telles segue sendo o Itaú Unibanco (ITUB4), seguido pelo Santander Brasil e Banco do Brasil – o Bradesco foi removido.

O Credit Suisse também aumentou sua exposição especialmente Bovespa, seguindo a opinião de que ainda há boas perspectivas de longo prazo. O analista Victor Schabbel espera volumes mais altos de negociação em outubro graças à expiração de contratos de opção. Para financiar o aumento, o banco removeu sua posição em BR Malls (BRML3), principalmente para reduzir a exposição ao jogo das taxas de juros.

O setor de mineração foi outro em que o banco aumentou sua exposição, trocando Gerdau (GGBR4) por Vale (VALE3). O Credit vê a Gerdau em uma sazonalidade mais fraca e enfrentando queda de preços, enquanto, para a Vale, a perspectiva é de cenário favorável para os preços do minério de ferro, além da visão favorável do banco a respeito da gestão.

A exposição à Ambev (AMBV4) também aumentou, tendo em vista a perspectiva mais favorável para volumes no começo de 2014, a potencial expansão na margem no segundo semestre e o domínio do canal de varejo no Brasil. A exposição à BRF (BRFS3) e Minerva (BEEF3) foi reduzida – nelas o Credit Suisse vê um possível excesso de aquisições.

Já no setor de óleo e gás, o Credit Suisse reduziu sua posição de overweigth (alocação acima da média de mercado) para neutro ao reduzir sua posição em Petrobras (PETR3). Para o banco, o papel já precificou a potencial alta em decorrência de uma possível elevação no preço dos combustíveis, deixando espaço para “surpresas desagradáveis” caso o aumento seja inferior ao esperado ou demore mais.

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3bancos-de-investimentobolsas-de-valoresCredit SuisseEmpresasEmpresas abertasEmpresas suíçasservicos-financeiros

Mais de Mercados

Do campo à Faria Lima, dívida da Agrogalaxy passa de R$ 4,5 bilhões

"Emergentes podem voltar a ser os queridinhos do mercado", diz Luiz Fernando Araujo, da Finacap

Ibovespa cai mais de 1,3% de olho em fiscal brasileiro; dólar sobe 1,5%

Petrobras paga nesta sexta-feira a segunda parcela de proventos do 1º trimestre