Credit Suisse: quadro de funcionários era de 51.410 no final de junho. (Stefan Wermuth/Bloomberg)
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Publicado em 4 de agosto de 2022 às 16h27.
Última atualização em 4 de agosto de 2022 às 16h27.
Executivos do Credit Suisse discutem a redução de milhares de cargos em todo o mundo à medida que o credor europeu enfrenta dificuldades de reduzir sua base geral de custos em mais US$ 1 bilhão.
O banco, que começou a cortar funções de linha de frente na Ásia no mês passado, cogita um plano agressivo para reduzir seu quadro de funcionários, que era de 51.410 no final de junho, disseram pessoas a par da questão, que pediram anonimato.
O Credit Suisse deve finalizar seus planos nos próximos dois meses e examina ineficiências em outros áreas do grupo, além de se esforçar para reformular seu banco de investimento. As estimativas em discussão incluem o corte de milhares de cargos ao longo de vários anos, mas, segundo as fontes, os planos são preliminares e nenhuma decisão final foi tomada.
“Dissemos que atualizaremos o progresso de nossa abrangente revisão de estratégia quando anunciarmos nossos ganhos do terceiro trimestre; qualquer relatório sobre possíveis resultados antes disso é totalmente especulativo”, disse um porta-voz do credor com sede em Zurique.
Os cortes provavelmente serão os mais profundos desde que o ex-presidente executivo Tidjane Thiam cortou cerca de 6.000 cargos em toda a empresa em 2016 na sequência de perdas inesperadas em posições de negociação. O banco nomeou o ex-executivo do UBS e chefe de gestão de ativos do Credit Suisse Ulrich Koerner para liderar o banco na semana passada, substituindo Thomas Gottstein em um esforço para levar o credor de volta à lucratividade após escândalos e perdas.
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Koerner atuou como diretor de operações do UBS durante um período de quatro anos após a crise financeira que viu a empresa reduzir o número de funcionários em cerca de 15.000.
O Credit Suisse viu uma série de saídas e prometeu reformular fundamentalmente seu banco de investimento, de modo que saídas poderiam reduzir o número de funcionários além dos cortes. A equipe da empresa aumentou em mais de 2.000 pessoas desde o final de 2020, em parte porque contratou mais funcionários em compliance.
A empresa vem buscando uma reviravolta desde que os colapsos da Archegos Capital Management e da Greensill Capital minaram a confiança, enfraqueceram negócios estratégicos e estimularam um êxodo de talentos. O banco mudou toda a sua equipe executiva e metade do conselho de administração nos últimos 18 meses em um esforço para superar a crise.
Por Ambereen Choudhury, Cathy Chan e Myriam Balezou
(Bloomberg)
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