Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)
Publicado em 17 de março de 2023 às 07h51.
Última atualização em 17 de março de 2023 às 09h16.
Em uma semana conturbada e cheia de preocupações com o setor bancário, o pregão de sexta-feira em todos os mercados chega com uma sensação de mais alívio. As notícias de que o banco nacional suíço e os grandes bancos americanos vão resgatar o Credit Suisse e o First Republic acalmou os investidores globais.
Na Ásia, todas as bolsas fecharam com alta nesta sexta-feira, com destaque para a Bolsa de Hong Kong, que avançou 1,64%. Já na Europa, onde os mercados estão abertos, tanto as notícias dos apoios financeiros aos bancos em crise quanto a decisão do Banco Central Europeu de seguir elevando os juros, em 0,5 ponto percentual, vieram como boas notícias, já que a sinalização é de que a saúde geral do setor não é tão ruim.
Os índices futuros de Nova York subiam há pouco, com destaque para o S&P 500 e os juros futuros (treasuries) de 10 anos recuavam. Por aqui, a atenção se volta ao arcabouço fiscal que, finalmente, chega para avaliação do presidente Lula depois de rodadas de apresentação por diversos integrantes do governo.
Desempenho dos indicadores às 7h (de Brasília):
No mercado local, o mercado aguarda detalhes sobre o novo arcabouço fiscal que irá substituir o teto de gastos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve validar as novas regras e decidir sobre a data de anúncio ainda nesta sexta-feira, 17, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Investidores devem reagir nesta sexta-feira à notícia de que o grupo francês Casino levantou R$ 4,1 bilhões com nova venda de participação na empresa brasileira de atacarejo Assaí (ASAI3). A expectativa era que a oferta movimentasse cerca de R$ 2 bilhões.
A temporada de balanços do quarto trimestre conta com três balanços nesta quinta-feira. Veja a lista:
Com o sopro de esperança do socorro de 50 bilhões de francos suíços pelo Banco Nacional Suíço, o Credit Suisse tenta agora desenhar os próximos passos e seu futuro. O banco, que emprega mais de 50 mil pessoas globalmente, é uma das maiores instituições financeiras da Europa e do mundo, mas vem sofrendo com problemas desde 2021, o que só se acentuou após a falência do Silicon Valley Bank. Qual o futuro do Credit Suisse e o que acontece com o cenário bancário global agora? Entre uma das possibilidades que aparecem está a venda do banco para concorrentes, como o UBS. Leia mais aqui.
Depois de dias de instabilidade absorvendo uma possível crise bancária global, o Ibovespa fechou esta quinta-feira, 16, em alta de 0,74%, a 103.435 pontos, acompanhando a melhora do humor no exterior. Com o resultado, o principal índice da B3 teve seu primeiro pregão de alta em seis sessões e se afastou das mínimas do ano.
A calmaria nas bolsas globais acompanhou a recuperação do Credit Suisse. Ontem, o Banco Nacional da Suíça (BNS, o banco central do país) sinalizou que estava disposto a dar um socorro de 50 bilhões de francos suíços ao segundo maior banco do país.