Itaúsa, holding que detém participação no Itaú (Dado Galdieri/Bloomberg)
Paula Barra
Publicado em 23 de junho de 2021 às 15h41.
Última atualização em 23 de junho de 2021 às 16h04.
O Credit Suisse reiterou a recomendação outperform, equivalente à compra, para as ações da Itaúsa (ITSA4), holding que detém participação no Itaú, nesta terça-feira. O preço-alvo foi elevado de 12,30 reais para 14,50 reais, o que implica um potencial de valorização de 23% frente ao fechamento de ontem.
Segundo os analista Marcelo Telles e Alonso Garcia, que assinam o relatório do banco, os papéis da companhia são operados com um alto desconto frente a seus investimentos, tornando-os uma boa alternativa para aproveitar as sólidas perspectivas da tese de investimento em Itaú (ITUB4).
As holdings listadas na bolsa naturalmente negociam com um desconto em relação às empresas investidas, mas, para os analistas, o da Itaúsa está excessivo. De acordo com eles, o desconto atual da companhia é de 26%, mas o justo seria operar 23% abaixo da soma das empresas investidas.
"Portanto, acreditamos que Itaúsa continua sendo uma proposta atraente e um bom veículo de investimento alternativo para aproveitar as sólidas perspectivas da tese de investimento de Itaú", comentam.
Eles aproveitaram para elevar também as perspectivas de lucro da empresa, incorporando as recentes aquisições, novos financiamentos e projeções de lucro mais recentes para Itaú e as subsidiárias não financeiras listadas. O lucro líquido recorrente foi aumentado de 7,6 bilhões de reais para 9,3 bilhões de reais em 2021 e para 10,9 bilhões de reais (ante 10,3 bilhões de reais) para 2022.
No fim de abril, a Itaúsa adquiriu 8,5% da Aegea Saneamento por 1,3 bilhão de reais e, no fim de 2020, concluiu a compra de 49% da Copagaz por 1,2 bilhão de reais. Apesar dos investimentos recentes, o setor financeiro (representado pelo investimento no Itaú) ainda representa 86% do portfólio da Itaúsa, em comparação com 89% no fim do primeiro trimestre deste ano, comentaram os analistas.