Mercados

Crédit Agricole: Sensação de que não há ‘plano B’ afeta mercado

Segundo o estrategista-chefe da instituição, há dúvidas sobre a utilização de instrumentos de política monetária para reativar a economia dos EUA e da Europa

“Se os EUA não crescem, fica mais difícil para a periferia da Europa sair da crise pela via do crescimento”, disse Vladimir Caramaschi, do Crédit Agricole Brasil SA (Mario Tama/Getty Images)

“Se os EUA não crescem, fica mais difícil para a periferia da Europa sair da crise pela via do crescimento”, disse Vladimir Caramaschi, do Crédit Agricole Brasil SA (Mario Tama/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2011 às 14h35.

São Paulo - A volatilidade no mercado está sendo reforçada pelo receio de que as autoridades mundiais tenham alternativas limitadas de instrumentos para lidar com um eventual agravamento da crise, disse Vladimir Caramaschi, estrategista-chefe do Crédit Agricole Brasil SA.

“Isso gera uma ansiedade de que o próprio medo leve os preços dos ativos para baixo”, disse Caramaschi em entrevista por telefone de São Paulo. “Há uma queda de ficha de que não há um plano B”.

Segundo ele, há dúvidas sobre a capacidade tanto de os Estados Unidos quanto a Europa usarem com eficácia instrumentos de política fiscal e monetária para reativar a economia. “os juros já estão perto de zero e o que um QE3 poderá fazer é duvidoso”.

Os investidores se preocupam tanto com os sinais de desaceleração dos EUA quanto com a dívida europeia, disse Caramaschi.

“Se os EUA não crescem, fica mais difícil para a periferia da Europa sair da crise pela via do crescimento”.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresCrises em empresasEstados Unidos (EUA)EuropaPaíses ricos

Mais de Mercados

Ibovespa sobe puxado por Petrobras após anúncio de dividendos

Escândalo de suborno nos EUA custa R$ 116 bilhões ao conglomerado Adani

Dividendos bilionários da Petrobras, pacote fiscal e cenário externo: assuntos que movem o mercado

Ação da Netflix tem potencial de subir até 13% com eventos ao vivo, diz BofA