Crises financeiras: os maiores "crashes" das Bolsas desde 1929 e seu impacto na economia global (krisanapong detraphiphat/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 7 de abril de 2025 às 11h14.
Última atualização em 7 de abril de 2025 às 11h49.
As quedas nas Bolsas de Valores ao longo das décadas marcaram momentos cruciais na história econômica mundial. Abaixo estão as crises mais significativas desde o crash de 1929, que continua a ser um marco das oscilações financeiras globais.
No dia 12 de março de 2020, após a declaração de pandemia de covid-19 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), as Bolsas de Valores sofreram quedas dramáticas. Em Paris, o índice perdeu 12%, em Madri a queda foi de 14%, e em Milão 17%. Londres e Nova York também registraram perdas de 11% e 10%, respectivamente, com o mercado de ações global enfrentando um dos piores dias desde 1987. Nos dias seguintes, as quedas continuaram, com os índices americanos registrando perdas superiores a 12% em 16 de março.
A crise financeira de 2008, originada pela explosão da bolha do subprime nos Estados Unidos, causou um colapso nos mercados financeiros globais. Entre janeiro e outubro daquele ano, os principais índices das Bolsas caíram entre 30% e 50%. O colapso do banco Lehman Brothers, em setembro, desencadeou a recessão global, deixando milhões de americanos sem casas e afetando profundamente as economias de diversos países.
O estouro da bolha especulativa das ações da Internet e das novas tecnologias teve grandes consequências nos mercados financeiros. O índice Nasdaq, que concentrava ações de empresas da "nova economia", atingiu um pico de 5.048,62 pontos em março de 2000, mas sofreu uma queda de 27% nas duas primeiras semanas de abril e 39,3% ao longo do ano. O impacto foi global, atingindo as economias de muitos países.
Em 19 de outubro de 1987, a Black Monday (Segunda-feira Negra) marcou o primeiro grande crash da era da informática. O índice Dow Jones perdeu 22,6% em um único dia, um dos maiores declínios diários da história. Esse crash foi impulsionado por uma combinação de fatores, como o aumento das taxas de juros e o déficit comercial dos EUA. As Bolsas de todo o mundo também foram atingidas, refletindo a fragilidade dos mercados diante de uma nova era digital.
O crash de 1929, também conhecido como Grande Depressão, teve um impacto devastador na economia mundial. Na quinta-feira, 24 de outubro de 1929, o Dow Jones perdeu mais de 22% no início da sessão, mas a queda foi limitada a 2,1% ao final do dia. Nos dias seguintes, as perdas foram ainda mais graves, com uma queda de 13% em 28 de outubro e 12% em 29 de outubro. Este evento marcou o início da Grande Depressão, um período de crise econômica mundial que afetou fortemente as economias de diversos países.