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Corte de juros na China, GetNet fora da bolsa e o que mais move o mercado

Bolsas avançam após medida para atenuar efeitos econômicos das restrições para conter avanço da covid-19 na China

Notas de renminbi, moeda oficial da China (Barcroft Media/Getty Images)

Notas de renminbi, moeda oficial da China (Barcroft Media/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 20 de maio de 2022 às 07h18.

Última atualização em 20 de maio de 2022 às 08h36.

Bolsas internacionais avançam na manhã desta sexta-feira, 20, com investidores reagindo positivamente ao corte da taxa preferencial de empréstimo de cinco anos pelo Banco Central da China na última noite.

O movimento, que vai na contramão do aperto monetário dos principais bancos centrais do mundo, ajuda a reduzir as crescentes preocupações sobre a demanda da segunda maior economia do mundo diante de restrições para conter a covid-19 nas principais cidades do país.

O principal índice da bolsa de Hong Kong fechou em alta de quase 3% nesta madrugada. Em Dalian, na China, o minério de ferro saltou mais de 3%, quebrando a sequência de duas quedas consecutivas e abrindo o caminho para as ações da Vale subirem no pregão hoje.

A melhora de sentimento também tem influenciado as negociações no Ocidente, com índices da Europa e os futuros americanos com altas de mais de 1%. Entre os destaques do Velho Continente está a bolsa de Frankfurt, que avança mais de 1,5%, mesmo com dados preocupantes sobre a inflação ao produtor alemão divulgados nesta manhã.

O Índice de Preço ao Produtor (IPP) da Alemanha subiu o dobro do esperado para mês de abril, ficando em 2,8%. O indicador avançou de 30,9% para 33,5% no acumulado de 12 meses. Mas o dia é de apetite ao risco.

Apesar do maior otimismo do mercado, o petróleo opera próximo da estabilidade, tendo como pano de fundo a notícia da Bloomberg de que a China poderá comprar petróleo russo para suas reservas estratégicas. A commodity, porém, caminha para fechar a semana praticamente estável em relação à anterior, cotada próxima de US$ 110 por barril.

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  • Veja a seguir o desempenho dos indicadores às 7h (de Brasília):

    • Hang Seng (Hong Kong): + 2,96%
    • SSE Composite (Xangai): + 1,60%
    • FTSE 100 (Londres): + 1,81%
    • DAX (Frankfurt): + 1,82%
    • CAC 40 (Paris): + 1,20%
    • S&P futuro (Nova York): + 1,15%
    • Nasdaq futuro (Nova York): + 1,56%
    • Petróleo Brent (Londres): + 0,21% (para US$ 112,28)
    • Índice dólar (DXY): + 0,08%

Local x internacional

Já a bolsa brasileira pode chegar a sua segunda alta semanal consecutiva nesta sexta, contrariando a sequência de quedas das principais bolsas internacionais. O S&P 500, mesmo considerando a alta do mercado de futuros desta manhã, caminha para fechar em queda pela sétima semana seguida. Se confirmada, será a maior sequência negativa desde 2001, quando o índice americano registrou oito quedas semanais consecutivas.

A melhora de percepção sobre o mercado brasileiro tem mais a ver com o preço do que com redução dos riscos. Vale lembrar que o Ibovespa ficou para trás durante os ralis para as bolsas que ocorreram logo após os momentos mais críticos da pandemia para o mercado. No ano passado, por exemplo, a bolsa local caiu 10%, enquanto índices de Wall Street fecharam 2021 com fortes altas.

GetNet de saída da bolsa

A GetNet anunciou na última noite que pretende tirar suas ações da B3 menos de um ano após a cisão do Santander que resultou na listagem dos papéis. A PagoNxt, controladora da empresa e subsidiaria do Santander, anunciou que pretende realizar uma oferta pública para o cancelamento das ações na B3 e das ADRs da empresa na Nasdaq.

O valor ofertado foi de R$ 2,36 por ação ordinária (GETT3) e de R$ 4,72 por unit (GETT11). As units da GetNet vinham de 68% de queda em relação à cotação máxima atingida ainda nos primiros pregões do papel, no ano passado. O valor oferecido por unit representa um prêmio de 30% em relação à cotação do último fechamento.

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