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Corte de juros na China, falas do Fed e IGP-M de maio: o que move o mercado

No exterior, a atenção se volta ao índice de confiança do consumidor da Zona do Euro, que será divulgado às 11h

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 20 de maio de 2025 às 07h28.

Os mercados globais operam com leve otimismo nesta terça-feira, 20, após o Banco Central da China (PBoC) surpreender com um novo corte de juros, o primeiro desde outubro do ano passado. A taxa de um ano foi reduzida de 3,1% para 3,0%, mínima histórica, enquanto a de cinco anos caiu de 3,6% para 3,5%. A medida é vista como mais uma tentativa de impulsionar a economia chinesa e compensar os efeitos das tensões comerciais com os Estados Unidos.

No exterior, a agenda é fraca, com atenção voltada ao índice de confiança do consumidor da Zona do Euro, que será divulgado às 11h (horário de Brasília).

Ao longo do dia, os mercados também acompanharão uma série de discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed), o banco central americano. Estão previstas falas de Thomas Barkin e Raphael Bostic às 10h, Susan Collins às 10h30, Alberto Musalem às 14h, Adriana Kugler às 18h e Beth Hammack e Mary Daly às 20h.

Em Wall Street, o dia começa com a divulgação do balanço da Home Depot, antes da abertura dos mercados. Já após o fechamento, saem os resultados da XP Investimentos.

No Brasil, o destaque da manhã fica por conta da primeira prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de maio, que será divulgada às 8h pela FGV. O índice é observado principalmente como referência para reajustes de contratos, como os de aluguel.

A atenção dos investidores, no entanto, está mais voltada a Brasília, diante da expectativa pelas medidas fiscais que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prometeu apresentar ao presidente Lula até quinta-feira.

Lula participa às 9h30 da abertura da XXVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios.

A movimentação acontece em paralelo à reunião dos ministros das Finanças do G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá), no Canadá, que também estará no radar.

Mercados internacionais

Os mercados da Ásia e do Pacífico fecharam em alta nesta terça-feira, 20. O índice Hang Seng, de Hong Kong, avançou 1,45%, enquanto o CSI 300, que reúne as principais ações das bolsas de Xangai e Shenzhen, subiu 0,57%.

No Japão, o Nikkei 225 fechou em alta de 0,08% e o Topix ganhou 0,02%. Na Coreia do Sul, o índice Kospi fechou estável, enquanto o indicador das empresas de menor capitalização, o Kosdaq, subiu 0,25%.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 registrou valorização de 0,58% após o Reserve Bank of Australia (RBA) cortar a taxa básica para 3,85%, o menor nível desde maio de 2023.

O destaque do mercado asiático nesta terça-feira foi a estreia da Contemporary Amperex Technology (CATL) na bolsa de Hong Kong. A fabricante chinesa de baterias fechou o dia com alta de mais de 18%, cotada a HK$ 309, frente ao preço de emissão de HK$ 263 por ação. A oferta inicial movimentou HK$ 35,7 bilhões (US$ 4,6 bilhões), no que já é apontado como o maior IPO global de 2025 até agora.

Na Europa, os principais índices abriram em alta, seguindo o ânimo da Ásia. Às 7h20 (horário de Brasília), o índice europeu Stoxx 600 avançava 0,53%. Em Londres, o FTSE 100 subia 0,46%, enquanto o índice CAC 40, de Paris, ganhava 0,35%. Na Alemanha, o DAX registrava alta de 0,63%.

Nos Estados Unidos, os futuros de Wall Street operavam em queda nesta manhã: o S&P 500 futuro cedia 0,28%, o Nasdaq 100 recuava 0,39% e os contratos do Dow Jones perdiam o,03% por volta das 7h25 (horário de Brasília).

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