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Corrida eleitoral sustenta alta do Ibovespa

Eletrobras ON (+4,23%), que faz parte do chamado "kit eleição" liderava o ranking das maiores altas, seguida por Petrobras PN (+,33%)


	Paulo Roberto Costa: ações também sofrem o impacto das denúncias do ex-diretor da Petrobras sobre pagamento de propina pela estatal a políticos
 (Agência Petrobras)

Paulo Roberto Costa: ações também sofrem o impacto das denúncias do ex-diretor da Petrobras sobre pagamento de propina pela estatal a políticos (Agência Petrobras)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 12h03.

São Paulo - Após uma semana em que prevaleceu a realização de lucros, a Bovespa começa esta segunda-feira, 08, em alta firme, amparada, mais uma vez, no cenário para a corrida eleitoral, sob o impacto das denúncias do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa no final da semana passada, sobre pagamento de propina pela estatal a políticos.

Por ora, o clima de cautela que dá o tom aos ativos externos está em segundo plano. Às 10h25, o Ibovespa subia 1,14%, aos 61.374 pontos. Eletrobras ON (+4,23%), que faz parte do chamado "kit eleição" liderava o ranking das maiores altas, seguida por Petrobras PN (+,33%) e Petrobras ON (+3,12%).

Para os investidores, as acusações do ex-diretor, de que dezenas de parlamentares, um governador e um senador receberam dinheiro de negociação de contratos da Petrobras, tendem a afetar com mais força a candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), já que os acusados faz parte do governo - as denúncias atingem cinco partidos, entre eles, PT, PMDB e PSB.

A candidatura de Marina Silva (PSB) também pode ser prejudicada, uma vez que entre os "denunciados" por Costa está o ex-candidato à Presidência Eduardo Campos, morto no mês passado, aliado de Marina.

Resta saber em que medida as próximas pesquisas de intenção de voto - a partir de amanhã são esperados os números do Datafolha e da MDA/CNT - já mostrarão impactos das acusações. Um levantamento do Ibope pode sair a partir de quinta-feira.

No exterior, prevalece a aversão ao risco antes do referendo sobre a independência da Escócia, a ser realizado daqui a dez dias, e também por causa de dados da balança comercial chinesa.

Pesquisa feita entre 1.084 eleitores escoceses entre os dias 2 e 5 de setembro indica que 47% dos entrevistados votariam "sim" à independência", enquanto 45% votariam "não". Excluídos os não votantes e os indecisos, os defensores do "sim" levam vantagem com 51%, ante 49% que não querem mudanças.

Na China, embora a balança comercial tenha registrado superávit de US$ 49,8 bilhões em agosto, ante US$ 47,3 bilhões em julho, desagradou ao mercado a aceleração da queda das importações, de 1,6% para 2,4% entre julho e agosto, quando a expectativa era de alta de 2,7%.

Na Europa, as bolsas estão em baixa, afetadas também pela crise na Ucrânia. Apesar do cessar-fogo declarado entre forças ucranianas e separatistas pró-Moscou no leste do país, houve bombardeio na cidade portuária de Mariupol e relatos de explosões na área do aeroporto de Donetsk.

Enquanto isso, a UE considera a possibilidade de adotar novas sanções à Rússia amanhã, segundo diplomatas com conhecimento do assunto. Perto das 10h30, a Bolsa de Londres caía 0,73% e a de Frankfurt, 0,02%.

Em Nova York, a agenda é fraca de indicadores nesta segunda-feira, mas as bolsas estão abrindo em queda - Dow Jones caía 0,09% e S&P, -0,13%.

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