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Correção nas bolsas? Maior gestora do mundo vê espaço para novas altas

Para Larry Fink, CEO da BlackRock, "há mais para subir" na bolsa mesmo com uma nova escalada no número de casos de covid-19

Larry Fink, presidente da gestora de recursos BlackRock, que administra quase 8 trilhões de dólares em ativos (Germano Lüders/Exame)

Larry Fink, presidente da gestora de recursos BlackRock, que administra quase 8 trilhões de dólares em ativos (Germano Lüders/Exame)

MS

Marcelo Sakate

Publicado em 13 de outubro de 2020 às 13h18.

Última atualização em 13 de outubro de 2020 às 13h58.

Para quem espera uma forte correção dos mercados nos próximos meses, é melhor pensar duas vezes. Essa é a avaliação de Larry Fink, o poderoso executivo que comanda a BlackRock, maior gestora do mundo, com cerca de 8 trilhões em ativos administrados.

"Nós temos uma forte conviccção de que o investidor médio ainda está com investimentos abaixo da média, e eles vão colocar muito mais recursos para trabalhar nos próximos meses e anos", disse Fink ao programa Squawk Box, da CNBC, nesta manhã de terça-feira, 13, por ocasião da divulgação dos resultados da gestora americana no terceiro trimestre.

Fink também apresentou outros argumentos para justificar seu otimismo com o mercado, a despeito da queda recente das cotações em setembro. A esperada postura do Federal Reserve, o Fed, de manter as taxas de juro em patamares historicamente baixos, a fim de reforçar a economia; e a expectativa de aprovação de um novo pacote federal de estímulos para tirar os Estados Unidos da recessão, ainda que ele só venha no início de 2021.

"Eu acredito que a pandemia criou um sentimento de medo a respeito do futuro e a resposta a isso é o aumento da taxa de poupança nos Estados Unidos, e um aumento nas taxas de investimento no longo prazo", completou o presidente da BlackRock.

Nem mesmo um aumento do número de casos de covid-19 nos Estados Unidos e na Europa tirou o otimismo da gestora, que divulgou resultados acima da expectativa consensual de analistas de Wall Street no terceiro trimestre.

As receitas somaram 4,37 bilhões de dólares, acima dos 3,93 bilhões de dólares esperados pelo mercado; o lucro por ação ficou em 9,22 dólares, novamente superando as projeções médias de 7,80 dólares.

Como resultado do ambiente favorável, a carteira de ativos sob gestão da BlackRock atingiu a marca de 7,81 trilhões de dólares ao fim de setembro, o que representou um ganho de quase 1 trilhão de dólares na comparação anual (era de 6,96 trilhões um ano antes).

 

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