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Coreia do Norte testa mísseis antiaéreos em meio a exercícios militares dos EUA e da Coreia do Sul

Ensaio supervisionado por Kim Jong Un ocorre enquanto presidente sul-coreano visita Japão e se prepara para encontro com Trump

Kim Jong Un tem rejeitado os apelos de Seul e Washington para retomar negociações sobre o programa nuclear e de mísseis do país (AFP)

Kim Jong Un tem rejeitado os apelos de Seul e Washington para retomar negociações sobre o programa nuclear e de mísseis do país (AFP)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 24 de agosto de 2025 às 08h32.

Última atualização em 24 de agosto de 2025 às 08h46.

O líder norte-coreano Kim Jong Un supervisionou, neste sábado, o disparo de dois novos tipos de mísseis antiaéreos, informou a agência estatal KCNA neste domingo. O regime afirma que os armamentos demonstraram eficácia contra ameaças aéreas, como drones e mísseis de cruzeiro, e que Kim atribuiu “tarefas importantes” a cientistas de defesa antes de uma conferência política marcada para o início de 2026.

De acordo com o jornal americano CBS News, o anúncio coincidiu com a viagem do presidente sul-coreano Lee Jae Myung a Tóquio, onde se reuniu com o premiê japonês Shigeru Ishiba. Os dois líderes prometeram reforçar a cooperação bilateral e a parceria trilateral com os Estados Unidos diante dos avanços militares da Coreia do Norte. Lee deve seguir neste domingo para Washington, onde se encontrará com o presidente Donald Trump.

Kim Jong Un tem rejeitado os apelos de Seul e Washington para retomar negociações sobre o programa nuclear e de mísseis do país, priorizando a aproximação com a Rússia. Desde a invasão da Ucrânia, Pyongyang enviou milhares de soldados e armamentos a Moscou, incluindo artilharia e mísseis balísticos.

A cooperação militar entre os dois regimes gera preocupações de que Moscou possa transferir tecnologia para modernizar os sistemas antiaéreos e de radar norte-coreanos, considerados defasados. Em novembro, o governo sul-coreano anterior afirmou que a Rússia forneceu mísseis e equipamentos para reforçar a defesa aérea de Pyongyang, sem detalhar os modelos.

Na última semana, Kim realizou uma cerimônia na capital norte-coreana para homenagear combatentes que lutaram na Ucrânia, condecorando sobreviventes e exibindo medalhas ao lado de 101 retratos de soldados mortos, exaltados como “heróis e patriotas”. Avaliações de inteligência da Coreia do Sul estimam que cerca de 15 mil militares norte-coreanos tenham sido enviados à Rússia desde o ano passado, dos quais 600 morreram em combate. Pyongyang também se comprometeu a enviar trabalhadores militares e especialistas em desminagem à região de Kursk, no oeste russo, em uma missão que pode começar nos próximos meses.

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