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Coreia do Norte lança mísseis balísticos no Mar do Japão

Ao longo deste ano, o regime comunista de Pyongyang já lançou mais de 40 mísseis balísticos, um nível recorde

Míssil norte-coreano lançado contra a Coreia do Sul (AFP/AFP Photo)

Míssil norte-coreano lançado contra a Coreia do Sul (AFP/AFP Photo)

A Coreia do Norte lançou pelo menos 10 mísseis balísticos de vários tipos no Mar do Japão na manhã desta quarta-feira, 2, um dos quais caiu perto das águas territoriais sul-coreanas.

Para a Coreia do Sul, o disparo de mísseis foi "uma invasão territorial de fato". Fontes militares sul-coreanas informaram que, em resposta, as Forças Armadas de Seul lançaram três mísseis ar-terra de precisão nas águas ao norte da fronteira marítima intercoreana".

Segundo a agência sul-coreana Yonhap, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, ordenou uma "ação rápida para fazer o Norte pagar pelas provocações". Foi convocada uma reunião urgente do Conselho de Segurança Nacional da Coreia do Sul, durante o qual o presidente pediu que os militares estejam prontos contra ulteriores novas provocações de nível elevado por parte da Coreia do Norte.

O chefe de Estado também "enfatizou hoje que a provocação da Coreia do Norte é de fato uma invasão territorial com um míssil que cruzou a fronteira norte pela primeira vez desde a divisão da península".

Segundo o Comando Conjunto de Seul, Pyongyang testou seus mísseis "em direção às águas das costas oeste e leste" da Coreia do Sul. Os mísseis balísticos de curto alcance foram lançados das proximidades de Wonsan, uma cidade na costa leste da Coreia do Norte.

Após detectar o lançamento, as autoridades sul-coreanas emitiram um alerta de ataque aéreo e instaram a população que buscasse refúgios na ilha de Ulleungdo, para onde se dirigia um dos mísseis antes de cair em alto mar.

Governos do Japão e dos Estados Unidos também se manifestaram

Para o governo do Japão a Coreia do Norte lançou um míssil balístico "não identificado" em direção ao Mar do Japão. Segundo analistas militares, isso seria um sinal de protesto contra as novas exercitações aéreas militares conjuntas iniciadas entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul, as primeiras desse tipo nos últimos cinco anos e consideradas pelo regime de Pyongyang como uma ameaça às suas fronteiras e um ensaio de invasão.

O governo dos Estados Unidos reagiu contra os testes de Pyongyang reiterando que os exercícios fazem parte de um cronograma de treinamento de rotina com o Sul.

"Rejeitamos a noção de que eles servem para qualquer outro tipo de provocação. Deixamos claro que não temos intenção hostil em relação à Coreia do Norte e pedimos que eles se envolvam em uma diplomacia séria e sustentada", declarou a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adrienne Watson, na última terça-feira, "Ao mesmo tempo, continuaremos a trabalhar em estreita colaboração com nossos aliados e parceiros para limitar a capacidade do Norte de avançar em seus programas de armas ilegais e ameaçar a estabilidade regional".

A Coreia do Norte já lançou mais de 40 mísseis balísticos este ano, chegando a um nível recorde, incluindo mísseis intercontinentais de desenvolvimento e um míssil de alcance intermediário disparado sobre o Japão.

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