Radar: mercado aguarda decisão do Copom ( Raphael Ribeiro/BCB/Flickr)
Repórter de finanças
Publicado em 11 de dezembro de 2024 às 08h20.
Os mercados internacionais operam sem direção única nesta quarta-feira, 11. Tanto na Europa, como nos Estados Unidos e na Ásia, as bolsas são negociadas de forma mista enquanto os investidores aguardam números da inflação dos EUA.
Fique por dentro de tudo o que acontece no exterior, Brasil, empresas e como isso pode impactar os seus investimentos - ouça o Morning Call do BTG Pactual, com Jerson Zanlorenzi.Todas as atenções no Brasil se voltam para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Hoje, o Banco Central decide a nova taxa de juros por aqui. A expectativa é que ocorra um aumento de 0,75 pontos percentuais, levando a Selic para 12%.
Entretanto, essa aposta não é consenso no mercado e alguns agentes acreditam que a taxa deva ser elevada em 1 p.p.. Caso isso ocorresse, também não vai pegar os investidores de surpresa, ainda mais num cenário de câmbio a R$ 6.
Esse aumento na taxa de juros é resultado de uma preocupação com os gastos públicos, que podem pressionar a inflação, principalmente a do consumo. Ao final de novembro, o governo apresentou o pacote fiscal, em que apontava para uma isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil.
Como o mercado aguardava corte de gastos ao invés de uma renúncia fiscal, houve uma desancoragem das expectativas, o que passou a pressionar a curva de juros futuro, que chegou próxima dos 15%.
Na agenda de indicadores, o destaque é a divulgação, às 10h30, do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de novembro, seguidos pelos pedidos de seguro-desemprego na semana. A expectativa é que a inflação acelere, mas o mercado ainda aposta em mais um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) em dezembro.
Mais cedo, às 9h, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará os dados de crescimento do setor de serviços de outubro. Na última publicação, o setor apresentou alta mensal de 1,0% e avanço anual de 4,0%.