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Copom e dados de emprego dos EUA: o que move os mercados nesta quarta

No Brasil, a CAE do Senado discute o projeto que amplia a faixa de isenção do IR para rendas de até R$ 5 mil mensais

NYSE: NYSE: na terça-feira, 4, os principais índices de Wall Street fecharam em queda (Leandro Fonseca/Exame)

NYSE: NYSE: na terça-feira, 4, os principais índices de Wall Street fecharam em queda (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 5 de novembro de 2025 às 07h55.

Os mercados internacionais operam com cautela nesta quarta-feira, 5, em meio à expectativa pelo relatório ADP, que trará às 10h15 (horário de Brasília) os dados sobre a criação de vagas no setor privado dos Estados Unidos.

O indicador é visto como uma prévia do relatório oficial de emprego, o payroll, e ganha ainda mais peso diante do apagão de dados provocado pelo shutdown do governo americanoque já é o mais longo da história.

Na véspera, os principais índices de Wall Street fecharam em queda, pressionados por uma realização em papéis ligados à inteligência artificial. O S&P 500 recuou 1,17%, enquanto o Nasdaq perdeu 2,04% e o Dow Jones caiu 0,53%.

No Brasil, o movimento de aversão ao risco não contaminou o Ibovespa, que renovou o recorde de fechamento ao subir 0,17%, aos 150.704 pontos.

Nesta quarta-feira, o foco local está voltado à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para as 18h30. Apesar do consenso pela manutenção da Selic em 15% ao ano, investidores aguardam pistas no comunicado sobre o início de um possível ciclo de cortes.

No radar hoje

A agenda de indicadores é extensa. Às 8h, a França divulga o índice de preços ao consumidor (CPI) de setembro, seguido do ADP americano às 10h15.

Às 11h45, sai o Purchasing Managers' Index (PMI) composto dos EUA medido pela S&P Global, e ao meio-dia o ISM publica o índice industrial.

Às 12h30, o Departamento de Energia divulga os estoques de petróleo até 31 de outubro, e às 14h30 o Banco Central brasileiro apresenta o fluxo cambial semanal.

Já no fim do dia, às 21h30, o Japão divulga o PMI composto do mês.

Entre os eventos políticos, o presidente Donald Trump recebe senadores republicanos para um café da manhã na Casa Branca.

No Brasil, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado discute o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para rendas de até R$ 5 mil mensais.

Às 10h, o Itaú Unibanco (ITUB4) realiza teleconferência de resultados. Na véspera, o banco divulgou que registrou aumento de 11,3% no lucro líquido recorrente no terceiro trimestre de 2025, comparando com igual período de 2024, saindo de R$ 10,675 bilhões para R$ 11,9 bilhões. O resultado veio em linha com as expectativas do mercado.

A temporada de balanços segue intensa: antes da abertura em Nova York, saem os resultados da McDonald’s; após o fechamento, é a vez da Qualcomm.

No Brasil, os números de Aeris, Axia Energia (ex-Eletrobras), Brava Energia, CBA, Dexco, Engie, Guararapes, Minerva, Petz, Rede D’Or, Totvs, Vibra Energia e Vivara serão divulgados após o encerramento do pregão.

Ásia e Europa em queda

As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em queda nesta quarta-feira, 5, em meio à correção global de papéis ligados à inteligência artificial.

No Japão, o índice Nikkei 225 caiu 2,33%, após chegar a recuar mais de 4% durante o pregão, enquanto o Topix perdeu 1,26%. As ações da SoftBank desabaram mais de 10%, acompanhando o tombo das empresas de tecnologia nos Estados Unidos.

Na Coreia do Sul, o Kospi recuou 2,85%, pressionado pelas quedas de 4% da Samsung e de 1% da SK Hynix. O índice Kosdaq também caiu 2,85%. Em Hong Kong, o Hang Seng oscilou perto da estabilidade (-0,07%), e o CSI 300, da China, avançou 0,19%.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 teve baixa mais contida, de 0,13%.

Na Europa, os mercados operavam em queda por volta das 7h40 (horário de Brasília), acompanhando o movimento global. O índice europeu Stoxx 600 caía 0,33%, com todos os principais setores no vermelho. O DAX, da Alemanha, recuava 0,59%; o CAC 40, da França, perdia 0,20%; e o FTSE 100, do Reino Unido, tinha leve baixa de 0,08%.

Nos Estados Unidos, os futuros também operavam em terreno misto, com investidores cautelosos antes da divulgação do relatório ADP. O Dow Jones futuro subia 0,01%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq 100 recuavam 0,18% e 0,35%, respectivamente.

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