Entre os principais pontos da proposta, destaca-se a reestruturação da governança, com o objetivo de aumentar a atratividade da empresa para investidores internacionais e permitir a ampliação dos direitos de voto para os acionistas preferencialistas, que se converterão em acionistas ordinários.
O BTG destaca que a criação de uma nova classe de ações preferenciais compulsoriamente resgatáveis (PNC), com o resgate de R$ 0,7749 por ação, proporciona uma distribuição eficiente de capital, sem diluição para os acionistas e utilizando as reservas de lucros da empresa.
Além disso, a proposta visa a reorganização do capital social da Copel, que passará a ser representado exclusivamente por ações ordinárias e por uma golden share preferencial do Estado do Paraná.
O banco reforça que a transição para o Novo Mercado não afeta a política de dividendos da Copel, que manterá um payout mínimo de 75%. Para os analistas, isso é visto como um fator positivo, já que a política de dividendos robusta está em sintonia com os interesses de longo prazo dos acionistas, ao mesmo tempo que assegura uma alocação eficiente de capital.
Os analistas também projetam que, com a migração e as mudanças propostas, a Copel poderá ver uma melhoria substancial em sua liquidez e na valorização de suas ações, tanto no mercado nacional quanto no internacional. Isso reflete uma estratégia de longo prazo focada em valorização sustentável, que deverá continuar a gerar resultados positivos para a empresa, alinhada com a melhoria das suas práticas de governança e transparência.
A conclusão do processo, dependendo da aprovação dos acionistas, deverá ocorrer até o final de 2025, quando, segundo o BTG Pactual, a Copel passará a figurar como uma das empresas mais bem avaliadas no Novo Mercado, com uma estratégia de governança robusta e um apelo maior a investidores estrangeiros.