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Copa impulsiona Bolsa de Moscou e ações atingem máxima pós-crise

O índice RTS, que opera em dólar, fechou a sessão em alta de 1,3 por cento, a 1.687 pontos

A Rússia recebeu a indicação da Fifa para sediar a Copa do Mundo de 2018  (EXAME.com)

A Rússia recebeu a indicação da Fifa para sediar a Copa do Mundo de 2018 (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 17h59.

Moscou - O mercado de ações russo atingiu seu maior nível em mais de dois anos nesta sexta-feira, devido ao rali dos setores de aço e imobiliário com as expectativas para a demanda no mercado de construção para a Copa do Mundo de 2018.

O índice RTS, que opera em dólar, fechou a sessão em alta de 1,3 por cento, a 1.687 pontos, completando sua melhor semana em seis meses. Ao longo do dia, o índice chegou a 1.692 pontos, seu nível mais alto desde 25 de agosto de 2008, segundo dados da Reuters.

Já o índice MICEX, que opera em rublo, encerrou uma série de três altas de mais de 5 por cento seguidas, fechando a 1.649 pontos --seu nível mais alto desde o final de julho de 2008, quando as ações começaram a despencar em meio à crise financeira que levou a Rússia a uma recessão.

"O rali do mercado tem sido, em parte, devido a tendências globais --os temores sobre a dídiva soberana europeia têm se aliviado... Também recebemos a boa notícia de que a Fifa escolheu a Rússia para sediar o Mundial --isso ajudou a reanimar as coisas", disse o estrategista do JPMorgan em Moscou, Alexander Kantarovich.

A Rússia recebeu a indicação da Fifa para sediar a Copa do Mundo de 2018 na quinta-feira, o que abre as portas para um investimento potencial de bilhões de dólares em infraestrutura, além de impulsionar a imagem do país e atrair turistas.

"As siderúrgicas russas devem se beneficiar da Copa do Mundo por causa da necessidade de melhorar sua infraestrutura ferroviária, rodoviária e aeroportuária nas 13 cidades onde ocorrerão os jogos", disse o Citigroup em relatório.

"Nossa estimativa é de que o estágio ativo construção da infraestrutura para a Copa do Mundo da Fifa de 2018 leve quatro anos (2014-2017), resultando em um aumento de entre 3 e 3,5 por cento no consumo interno anual de aço no período", disse o analista Boris Krasnojenov, da Renaissance Capital, em relatório.

Já a VTB Capital estima que as preparações para o Mundial devem custar 20 bilhões de dólares, com os benefícios indo para empresas dos setores de construção e de turismo --de restaurantes a compahiass aéreas.

A ação da construtora LSR subiu 4 por cento na sessão desta sexta-feira, enquanto que a ação da principal companhia aérea russa, Aeroflot , avançou 2,7 por cento.

Outro destaque na bolsa foi a Wimm-Bill-Dann , cuja ação exibiu valorização pelo segundo dia seguido após a PepsiCo anunciar que planeja comprar 66 por cento da companhia de sucos e laticínios por 3,8 bilhões de dólares, na maior aquisição estrangeira da história da Rússia fora do setor de energia.

As ações da Wimm-Bill-Dann saltaram 21,43 por cento no RTS, com investidores esperando que o acordo possa abrir o caminho para mais investimentos estrangeiros e maior interesse no setor de consumo russo.

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