Mercados

Copa do Mundo vai complicar empresas da Bolsa; veja quais

Para analistas, empresas terão suas vendas fortemente impactadas devido a queda brusca do movimento do comércio


	O aumento de número de feriados pode prejudicar algumas empresas, como é o caso da Hering, Arezzo, lojas Renner e Marisa
 (Getty Images)

O aumento de número de feriados pode prejudicar algumas empresas, como é o caso da Hering, Arezzo, lojas Renner e Marisa (Getty Images)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 28 de abril de 2014 às 15h25.

São Paulo - Há 46 dias da Copa do Mundo, algumas cidades-sede ainda não resolveram se irão decretar feriado ou ponto facultativo nos dias de jogos. A escolha fica a cargo dos governos estaduais e municipais.

No caso de São Paulo, por exemplo, a prefeitura encaminhou uma proposta à Câmara Municipal solicitando feriado nos seis dias de jogos que acontecerão na cidade.

O aumento de número de feriados pode prejudicar algumas empresas, como é o caso da Hering, Arezzo, Lojas Renner e Marisa.

Segundo a equipe de analistas da Ativa Corretora, estas empresas terão suas vendas fortemente impactadas devido a queda brusca do movimento do comércio.

Mas não são somente as varejistas que sofrerão com os feriados da Copa. O analista da Ativa Corretora, Lenon Borges, aponta ainda a CSN e a Usiminas.

No caso das siderúrgicas, ele explica que o feriado faz com que haja paralisação da atividade fabril. “Para o setor, no segundo semestre, com certeza a atividade será mais fraca.”

Borges projeta que a paralisação prejudicará ainda mais o setor que já está sendo impactado pelo baixo desempenho da indústria automotiva no país.


Os primeiro sinais negativos

Recentemente, as ações ordinárias da Hering foram penalizadas após a divulgação de resultados da companhia. Entre janeiro e março, a Hering teve lucro de 64,6 milhões de reais, um recuo de 6,9% na comparação anual.

Segundo a companhia, o crescimento das vendas brutas mais lento por mais um trimestre refletiu a cautela em relação ao ambiente macroeconômico e o "efeito adverso" da Copa do Mundo sobre o varejo de vestuário. 

"A gente espera que o segundo trimestre ainda seja negativamente afetado e acha que pode ter volatilidade principalmente nas vendas em lojas. Ainda não está claro quantos dias de vendas serão perdidos (por causa da Copa)", disse o diretor financeiro e de relações com investidores da Hering, Frederico Oldani.

Pregão

Sobre o funcionamento da Bolsa no dia de jogos, a Bovespa afirmou que a decisão será divulgada futuramente. Na última Copa do Mundo, na África do Sul, os sistemas de negociação na Bolsa não foram interrompidos. 

Acompanhe tudo sobre:AçõesArezzoB3bolsas-de-valoresCalçadosComércioCopa do MundoCSNEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas japonesasEsportesFutebolHeringIbovespaMarisaMercado financeiroRoupasSiderurgiaSiderurgia e metalurgiaSiderúrgicasTêxteisUsiminasVarejo

Mais de Mercados

JBS anuncia plano de investimento de US$ 2,5 bilhões na Nigéria

Ibovespa sobe puxado por Petrobras após anúncio de dividendos

Escândalo de suborno nos EUA custa R$ 116 bilhões ao conglomerado Adani

Dividendos bilionários da Petrobras, pacote fiscal e cenário externo: assuntos que movem o mercado