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Controladores da Usiminas renovam acordo de acionistas até 2031

Objetivo é demonstrar ao mercado a estabilidade do grupo controlador; CSN quer ampliar sua participação na companhia

Ações ordinárias da Usiminas registram valorização de quase 30% desde que a CSN demonstrou interesse em elevar sua fatia na companhia (Alexandre SantAnna/Veja Rio)

Ações ordinárias da Usiminas registram valorização de quase 30% desde que a CSN demonstrou interesse em elevar sua fatia na companhia (Alexandre SantAnna/Veja Rio)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às 11h30.

São Paulo – A Usiminas (USIM3)(USIM5), segunda maior do setor siderúrgico no Brasil, anunciou nesta sexta-feira (18) que o grupo de controladores que detém 53,7% da companhia acertou a renovação do acordo de acionistas, segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O grupo liderado pela Nippon Steel Corporation, Votorantim Participações e Camargo Corrêa acertou que o acordo de acionistas terá validade até 2031, informa a companhia. “O objetivo é demonstrar aos demais colaboradores (acionistas) da empresa e ao mercado a estabilidade do grupo de controle e, consequentemente, assegurar o contínuo crescimento e desenvolvimento da Usiminas”, diz o documento.

"A companhia entende que o novo acordo de acionistas não acarreta em alienação de controle da companhia, e tampouco representará significativa mudança da atual estrutura de controle da Usiminas", completa.

O acordo foi firmado em meio as especulações no mercado de que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) poderá elevar sua participação na companhia para mais de 10%, ingressando desta forma no conselho de administração da siderúrgica.

A intenção da CSN de elevar o capital na Usiminas foi demonstrada em fato relevante divulgado no dia de 27 de janeiro, quando a companhia afirmou que estaria “avaliando alternativas” que poderiam levar a “alterações na composição do controle” da Usiminas.

Desde o terceiro trimestre de 2010, a CSN tem ampliado sua fatia na Usiminas e, em meados de janeiro, a participação da companhia chegava a 5,03% em ações ordinárias (USIM3) e 4,99% em papéis preferenciais de classe A (USIM5).

Ações

Em meio as especulações sobre a ampliação da participação da CSN, as ações ordinárias da Usiminas (USIM3) deram um forte salto, passando de 20,7 reais em 27 de janeiro para 26,8 no fechamento do pregão de quinta-feira (17), o que representa a surpreendente alta de 29,46%.

Ontem, os papéis preferenciais de classe A da empresa (USIM5) dispararam depois que o Deutsche Bank elevou a recomendação da companhia de manter para comprar, citando a melhora na perspectiva para o setor siderúrgico. As ações da segunda maior siderúrgica do país fecharam o dia com alta de 3,36%, cotados a 20,30 reais.

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