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Contra alta do real, governo mira derivativos de câmbio

Uma das medidas que devem ser anunciadas prevê a construção de nova "limitação", como impostos, tributos ou alíquotas maiores, nos contratos futuros de câmbio

A OCDE acha que "as finanças públicas de inúmeros estados estão numa trajetória insustentável"
 (Karen Bleier/AFP)

A OCDE acha que "as finanças públicas de inúmeros estados estão numa trajetória insustentável" (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2011 às 20h12.

Brasília - Na guerra do governo para evitar mais desvalorização cambial, novas armas estão sendo desenhadas. A mais avançada, informou à Reuters uma importante fonte da equipe econômica, prevê a construção de nova "limitação", como impostos, tributos ou alíquotas maiores, nos contratos futuros de câmbio.

Com isso, avaliou a fonte, será possível colocar mais freio no mercado de derivativos, que possui grande influência na formação de preços da moeda norte-americana no mercado à vista.

"Tem muito (investidor) não-residente no futuro com posição vendida", resumiu a fonte, indicando que as medidas, se tomadas, abrangerão os aplicadores internacionais.

Por enquanto, não há decisão tomada sobre o assunto, mas a equipe econômica --capitaneada pelo Banco Central e pelo Ministério da Fazenda-- mantém estudos constantes sobre possíveis novas ações.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a mencionar há uma semana que o governo poderia tomar medidas nos "futuros e derivativos".

A preocupação ficou ainda maior porque os estrangeiros são os principais responsáveis pela excessiva oferta de dólares na BM&FBovespa. Nos últimos dias, a posição vendida desses investidores em dólar futuro e cupom cambial (DDI), que pode ser lida como uma aposta na valorização do real, chegou a superar o recorde de 24 bilhões de dólares.

A medida em gestação agora, explicou a fonte, em princípio envolveria limitações no momento da contratação dos derivativos em câmbio, e não apenas nos ajustes que são realizados.

Não seria a primeira vez que o governo tenta desestimular essas operações. Em outubro passado, ele aumentou de 0,38 para 6 por cento o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) nas operações de câmbio para formação de margens de garantia, mas não houve grandes efeitos práticos porque os investidores continuaram avaliando que as operações mantinham bons retornos.

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