Donald Trump, presidente dos EUA, mostra documento assinado (Win McNamee/AFP)
Redatora na Exame
Publicado em 26 de março de 2025 às 08h04.
Última atualização em 26 de março de 2025 às 08h11.
Nesta quarta-feira, 26, o dia é de atenção a dados econômicos dos Estados Unidos e discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed).
Às 9h30, saem os pedidos de bens duráveis, que ajudam a medir o fôlego da economia americana. Mais tarde, às 10h30, o mercado acompanha os estoques semanais de petróleo bruto, e às 11h, o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, discursa. Às 14h10, é a vez de Alberto Musalem, do Fed de St. Louis.
No Brasil, o Banco Central divulga às 8h30 os dados de transações correntes e investimento estrangeiro direto de fevereiro.
Após o fechamento, a temporada de balanços segue com resultados de Equatorial, Simpar, Allied Gold, Tecnisa, Dasa, Oi, Americanas, CVC e IMC.
Às 22h30, a China divulga o lucro industrial de fevereiro.
Os investidores continuam avaliando os riscos de uma nova escalada protecionista nos Estados Unidos. O presidente Donald Trump afirmou que as tarifas comerciais previstas para 2 de abril “já estão definidas”, prometendo que o chamado “Dia da Libertação dos EUA” vai gerar empregos e receita.
Trump voltou a criticar a União Europeia, que, segundo ele, “tem sido absolutamente terrível e se aproveitado de nós”. Embora o mercado ainda espere alguma moderação, alerta do Goldman Sachs indica que as tarifas recíprocas podem surpreender negativamente, com alíquotas iniciais próximas de 20%.
Na Europa, os principais índices operam em baixa nesta quarta-feira. O Stoxx 600 recuava 0,7% por volta das 9h25 (horário de Londres), com perdas generalizadas. O CAC 40, de Paris, e o DAX, de Frankfurt, caíam cerca de 0,8%. A exceção foi o FTSE 100, de Londres, que chegou a subir, mas virou para o campo negativo.
O foco dos investidores britânicos está no “Spring Statement”, esperado para o início da tarde. A ministra das Finanças, Rachel Reeves, deve anunciar bilhões de libras em cortes de gastos para lidar com o aumento do custo da dívida.
Na Ásia, os mercados estavam mais otimistas com a possibilidade de flexibilização das tarifas americanas. O Nikkei, do Japão, subiu 0,65%, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, ganhou 1,08%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,60%, mesmo com a queda de 0,33% do CSI 300, na China continental.
Nos Estados Unidos, os futuros de Wall Street operam próximos da estabilidade após o S&P 500 registrar sua terceira alta consecutiva na véspera.