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Construtora Pacaembu adia IPO horas antes de precificar ação e liga alerta

Com 27 incorporadoras já listadas na B3 e mais de dez na fila da Bolsa, seletividade de investidores aumenta

Construtora Pacaembu: empresa adia oferta à vésperas de IPO (Sam Hodgson/Bloomberg)

Construtora Pacaembu: empresa adia oferta à vésperas de IPO (Sam Hodgson/Bloomberg)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 2 de outubro de 2020 às 15h32.

Última atualização em 2 de outubro de 2020 às 15h33.

Às vésperas da abertura de capital, a Pacaembu Construtora decidiu adiar sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em cerca de um mês. O anúncio sobre o adiamento foi feito na quinta-feira, 1, data prevista para a fixação do preço por ação, que, com a mudança, deverá ser realizada somente no dia 29 de outubro, com as ações passando a ser negociadas na B3 em 3 de novembro. Os investidores não institucionais que fizeram o pedido de reserva terão até quinta-feira, 8.

O adiamento do IPO ocorre em meio à deterioração das condições de mercado, com o principal índice de ações da bolsa, o Ibovespa, chegando a sua quarta semana de queda consecutiva – feito que não ocorria desde o fatídico mês de março. O contexto do adiamento também envolve a baixa demanda de investidores por IPOs incorporadoras.

Um dos fatores que vem sendo apontados como a razão para a baixa demanda é a alta quantidade de construtoras listadas, que já são 27, o que tem aumentado a seletividade sobre as novas entrantes. A grande quantidade de construtoras na fila da bolsa também tem gerado concorrência entre os IPOs.

Entre as 41 empresas com pedido de abertura de capital sob análise da Comissão de Valores Mobiliários, mais de um quarto são construtoras. Isso que sete já abriram capital neste ano, sendo quatro somente em setembro. O mais recente, o da Melnick, subsidiária da Even, saiu no piso da faixa indicativa, enquanto o da Cury, também realizado em setembro, saiu 17,6% abaixo da faixa.

“O mercado está ficando saturado de construtoras que atuam só em São Paulo ou Rio de Janeiro. Ele quer histórias diferentes”, comenta Pedro Lang, diretor de renda variável da Valor Investimentos

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