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EUA vão conseguir manter forte crescimento? A EXAME Gavekal responde

Os especialistas Tan Kai Xian e Will Denyer antecipam os rumos do PIB da maior economia do mundo em novo relatório da EXAME Gavekal Research

Economia americana deve perder força no segundo semestre, segundo analistas | Foto: Jonathan Bachman/Getty Images (Jonathan Bachman/Getty Images)

Economia americana deve perder força no segundo semestre, segundo analistas | Foto: Jonathan Bachman/Getty Images (Jonathan Bachman/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2021 às 09h00.

A economia dos Estados Unidos, que costuma ditar o rumo do mercado global, está com forte crescimento. Mas será que essa tendência deve perdurar?

Para o analista estatístico Tan Kai Xian e o especialista em economia americana Will Denyer, ambos da Gavekal Research, os Estados Unidos podem ter atingido seu pico de crescimento já no primeiro trimestre. É o que afirmam em relatório da EXAME Gavekal Research, uma parceria da EXAME com uma das mais respeitadas casas independentes de análises do mundo.

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“Por mais surpreendente que possa parecer, podemos já ter atingido o pico do crescimento nos Estados Unidos, à medida que a atividade vai de ótima para boa no segundo semestre deste ano”, afirma.

As vacinas contra o coronavírus foram responsáveis por impulsionar a retomada dos EUA no primeiro semestre deste ano, mas, segundo Xian e Denyer, esse efeito está diminuindo à medida que a maioria da população é vacinada.

“Como os ciclos de vacinação geralmente seguem uma curva em S, pode- se presumir que os EUA estão na parte superior achatada da curva. A implicação é que os aumentos no nível geral de imunidade à Covid-19 nos EUA agora serão pequenos e os aumentos na disposição do público de sair e gastar também serão menores”, destacam os especialistas.

Outro fator que deve influenciar a tendência de crescimento da economia dos EUA é o mercado de trabalho. Os próximos meses deveriam registrar um crescimento mais rápido no emprego, mas isso não acontecerá, já que a tendência é que haja uma desaceleração nas contratações, segundo o relatório da EXAME Gavekal Research.

“Na primeira fase da pandemia, milhões de trabalhadores foram dispensados com acordos verbais para serem recontratados em seis meses. As empresas foram mantidas com apoio político e, com a reabertura da economia, os trabalhadores foram devidamente recontratados. Consequentemente, a diferença entre desemprego total e desemprego permanente diminuiu”, explicam.

A lacuna de pessoas desempregadas em busca de trabalho ainda é maior do que no pós-recessão da crise financeira de 2008, mas a maior parte das "recontratações" pós-pandemia já foram feitas.

"Tudo isso significa que o crescimento econômico dos Estados Unidos provavelmente desacelerará em algum momento da segunda metade do ano", afirmam Xian e Denyer.

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