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Condenação de Bolsonaro, reação dos EUA e dados de serviço: o que move os mercados

Investidores acompanham a reação dos EUA à condenação do ex-presidente Bolsonaro; Lula disse não temer retaliações externas

Jair Bolsonaro: ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão ( Ton Molina/STF/09-06-2025)

Jair Bolsonaro: ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão ( Ton Molina/STF/09-06-2025)

Publicado em 12 de setembro de 2025 às 08h12.

Os mercados brasileiros amanhecem nesta sexta-feira, 12, repercutindo a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento da trama golpista de 2022. Outros sete réus também foram condenados no julgamento da Ação Penal 2.668.

A reação política imediata amplia as incertezas. A oposição pressiona pela votação de uma anistia no Congresso, enquanto o governo tenta conter o desgaste. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não teme retaliações externas, mas avisou que reagirá caso os Estados Unidos avancem em medidas contra o Brasil.

Do lado norte-americano, o presidente Donald Trump disse estar “muito surpreso e descontente” com o veredito e insinuou possibilidade de retaliação. O senador republicano Marco Rubio foi além e acusou o ministro Alexandre de Moraes de perseguição política, o que levou o Itamaraty a reagir em defesa da soberania brasileira.

Agenda desta sexta-feira

Às 9h, o IBGE divulga a Pesquisa Mensal de Serviços de julho, que deve apontar a sexta alta consecutiva, além da Pesquisa Industrial Mensal Regional, importante para medir a atividade no período.

Nos EUA, o foco recai sobre os indicadores de confiança do consumidor. Às 11h, a Universidade de Michigan divulga a preliminar de setembro do índice de sentimento do consumidor e das expectativas de inflação em 1 e 5 anos. Os dados servem de termômetro para a política monetária, às vésperas da decisão do Federal Reserve na próxima quarta-feira.

Mais tarde, às 14h, saem os números semanais da Baker Hughes sobre o total de poços e plataformas de petróleo em operação, referência para a oferta global da commodity.

Mercados internacionais

As bolsas internacionais operam sem direção única nesta sexta-feira, 12, em meio ao rali das ações de tecnologia ligadas à inteligência artificial na Ásia e à expectativa pela reunião do Federal Reserve na próxima semana.

O Nikkei 225, do Japão, subiu 0,93%, enquanto o Topix avançou 0,40%. Na Coreia do Sul, o Kospi ganhou 1,54% e o Kosdaq 1,48%. O índice australiano S&P/ASX 200 fechou em alta de 0,68%. Na China, os resultados foram mistos: o Hang Seng de Hong Kong avançou 1,16%, mas o CSI 300 recuou 0,57%.

Na Europa, os principais índices abriram em queda. Por volta das 7h45 (horário de Brasília), o Stoxx 600 recuava 0,09%, o DAX da Alemanha caía 0,24% e o CAC 40 da França perdia 0,49%. Já o FTSE 100 de Londres avançava 0,31%, apesar da divulgação de que o PIB britânico ficou estagnado em julho, após crescimento de 0,4% no mês anterior.

Em Nova York, os índices encerraram a quinta-feira em máximas históricas, com o Dow Jones superando os 46 mil pontos pela primeira vez. O movimento foi sustentado pelas apostas em corte de juros na próxima reunião do Fed, mesmo após o CPI de agosto subir 0,4% no mês, acima do previsto.

No pré-mercado desta sexta-feira, os futuros operavam com leve queda, com o Dow Jones recuando 0,21%, o S&P 500 em baixa de 0,11% e o Nasdaq 100 estável.

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