Light é preferida do Itaú BBA dentre as companhias do setor elétrico (Caio Coronel/Ag. Itaipu)
Da Redação
Publicado em 1 de fevereiro de 2011 às 16h29.
São Paulo – Em seu mais recente relatório, o Itaú BBA destaca o setor elétrico como um dos mais atrativos da bolsa brasileira. A equipe formada por Marcos Severine, Mariana Coelho e Marcel Shiomi sugere que empresas deste segmento estão mais suscetíveis aos fortes impactos vindos do atual contexto da economia, o que pode propiciar um expressivo Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), crescimento nos lucros e, consequentemente, melhores dividendos aos acionistas.
“Acreditamos que a imprevisibilidade da bolsa brasileira deverá manter as ações de elétricas no centro das atenções no curto prazo”, avisam os analistas. O relatório destaca que empresas como Light (LIGT3), Copel (CPLE6), Cesp (CESP6) e Cemig (CMIG4) devem permanecer no radar de investidores.
Holofotes voltados à Light
Dentre as empresas citadas pelo Itaú BBA, a equipe de analistas destaca a Light como sua preferida. “Apesar do forte desempenho recente, acreditamos que a Light continuará superando o Ibovespa e seus pares listados”, avaliam os analistas em relatório enviado aos clientes. Vale lembrar que nos últimos 12 meses a Light registra valorização de 21%, contra apenas 1,5% do benchmark da bolsa brasileira.
O Itaú BBA destaca de forma positiva a pacificação das favelas no Rio de Janeiro, que deve beneficiar os números da Light devido à diminuição dos desvios de eletricidade na área de concessão. “Com base neste contexto, esperamos um retorno sobre dividendos referentes à 2010 de dois dígitos (2 a 3 reais por ação)”, projetam os analistas.
Recentemente, a Light afirmou que irá cobrar as tarifas normais para a população das regiões pacificadas, e não as tarifas subsidiadas. Desta forma, a geração de caixa adicional passaria dos 250 milhões de reais por ano para 290 milhões de reais por ano. Na comunidade de Santa Marta, por exemplo, o número de clientes saltou de 80 para 1.600 depois da instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), ao mesmo tempo em que a taxa de inadimplência despencou de 70% para 2%.
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